Foi desta forma que o actual presidente da CPCCRD, começou a sua intervenção, ao abordar a importância do movimento associativo no país, que, sem sombras de dúvidas, diz “tem um peso indiscutível na sociedade e está na altura de o poder político o reconhecer”disse o líder da Confederação Portuguesa das Associações de Cultura, Recreio e Desporto na Covilhã, na sessão de abertura do terceiro Fórum do Associativismo, que decorreu no passado sábado na Faculdade de Ciências da Saúde, organizado pelo Município da Covilhã.
O Fórum contou com cerca de 90 colectividades/clubes/associações, do concelho, presentes no evento, “que foi um êxito”. Na sua declaração, João Bernardino, apresentou os números. “O país tem mais de 37 mil associações, dividindo-se em culturais e recreativas (18.000), desportivas (10.200), de moradores (1.350) e mais de mil são associações de jovens. Números que representam mais de 3,5 milhões de associados e cerca de 200 mil colaboradores diretos. Uma riqueza única”. O dirigente acrescentou ainda que “os poderes públicos não reconheceram até hoje este peso, esta importância e capilaridade. Dizemos isto com mágoa porque queremos fazer mais e melhor para o país. 3,5 milhões de associados, número que peca por defeito, é um número com um peso muito grande na sociedade, uma vez que existem também mais de 450 mil dirigentes. Um peso significativo de gente que trabalha a bem dos outros”, salientou. Na recta final da sua intervenção sublinhou que “apoiar este trabalho das associações nunca será um custo, mas sim, um investimento, uma vez que o movimento associativo é um instrumento para o desenvolvimento do país, fundamental para a promoção do bem-estar e da qualidade de vida das comunidades, seja de âmbito cultural, desportivo ou recreativo”. Concluiu João Bernardino, que terminava assim, a sessão de abertura do Fórum, na qual foi antecedido por José Armando Serra dos Reis, vice-presidente da Câmara Municipal da Covilhã, que referiu que “o movimento associativo do concelho é a alma social da Covilhã. São cerca de 250 associações existentes no concelho e todas elas fazem um trabalho espectacular e muito dinâmico, por isso estão todas de parabéns, como está de parabéns o meu colega vereador José Miguel Oliveira, pela organização desta terceira edição do Fórum do Associativismo e pelo trabalho que tem feito ao longo dos anos em prol das associações, pelo apoio que dá e ainda pela criação do regulamento do associativismo que foi uma mais valia para todos”. Disse o autarca.
Quem também marcou presença no início dos trabalhos foi o Reitor da UBI, que cedeu o auditório da Faculdade de Ciências da Saúde para a realização da iniciativa. Mário Raposo afirmou que “este tipo de iniciativa é muito importante para a Covilhã, pois eu também sou um dirigente associativo de uma colectividade do concelho da Covilhã, e sei bem, o que custa este tipo de trabalho em prol dos outros sem contrapartidas de qualquer espécie. Tal como as associações, todas elas, também a Universidade da Beira Interior, tem sido, nos últimos anos, uma grande força motriz, no desenvolvimento desportivo e não só, para a cidade, concelho, região, país e estrangeiro, pois já somos altamente reconhecidos a nível mundial pelo trabalho que realizamos a todos os níveis de ensino, investigação, desporto, cultura, entre outras. As nossas infraestruturas desportivas estão e vão continuar a estar ao serviço das populações, e não podemos dar mais, porque não temos”. Afirmou. Actualmente com 9170 alunos, “a UBI e a cidade, preparam-se para comemorar este ano, o 50º aniversário do ensino superior na Covilhã, pois tudo começou, o projecto, em agosto de 1973, com início das aulas em 17 de fevereiro de 1975. Daí que, no próximo dia 26 de outubro, aquando da realização da sessão solene da abertura do ano lectivo 2023-24, vamos homenagear o aluno nº 1, que ainda é vivo e um dos elementos da comissão instaladora do Instituto Politécnico da Covilhã, na altura. Parabéns a todas associações, clubes e colectividades do concelho, pelo trabalho de excelência que têm feito ao longo dos anos”. Concluiu Mário Raposo.