Foi ao som do hino da Europa, entoado pelo quarteto de sopros da Academia de Música e Dança do Fundão, que foi hasteada a bandeira da Europa, esta manhã, nos Paços do Concelho para assinalar o dia em que Robert Schuman redigiu, em Paris, há 74 anos, a declaração que ficou conhecida pelo seu nome e que é considerada o embrião da atual União Europeia.
O momento juntou responsáveis de várias entidades e jovens da Escola Profissional do Fundão, onde está sediado um dos 15 centros Europe Diret do país que segundo Luís Oliveira, diretor da EPF, é procurado, sobretudo online, por dezenas de pessoas, todos os meses, a propósito dos mais variados temas.
“Assuntos que têm a ver com a deslocação à Europa, desde o cartão europeu de saúde a outras situações, pessoas que vêm para território nacional e querem saber como funciona a reforma, são variadíssimas situações, algumas temos capacidade de dar resposta, outra encaminhamos.”
A EPF tem um historial de ligação a outras escolas profissionais da Europa desde a sua criação. Ao longo destes mais de 30 anos a escola já proporcionou a meio milhar de alunos e professores o intercambio com outros países da Europa, “experiencias enriquecedoras para os nossos jovens, ao ponto de alguns dos nossos alunos serem desafiados para ficarem nesses países.”
Cristóvão Farinha, aluno do segundo ano de Técnico de Comércio, explicou à RCB o significado deste dia que levou os jovens da Escola Profissional do Fundão à Praça do Município, “não só a festejar o dia da Europa, mas também o dia da União, o dia em que pudemos ver um novo sol renascer no final da II Guerra Mundial.”
Já nasceram cidadãos europeus e não conseguem imaginar a Europa com fronteiras. “Não, a Europa cada vez mais tende a não ter fronteiras e cada vez mais tende a estender as suas relações ao mundo e as suas portas ao mundo.”
Miguel Gavinhos, vice-presidente da Câmara Municipal do Fundão deu as boas vindas a todos os que se quiseram juntar à celebração de uma Europa que além do desafio da proximidade da guerra, da defesa e da independência energética, tem outros desafios pela frente.
“Hoje, há novos desafios que têm a ver com o progresso da UE como seja a corrupção, o populismo, que é cada vez mais uma ameaça a este projeto, as alterações climáticas.” Desafios de uma Europa a 27 “que pode chegar a 37 e isso trará naturalmente consequências para o nosso pais que foi tao beneficiário de fundos de coesão nas últimas décadas.”
O desafio mais próximo da Europa é precisamente dentro de um mês, a 9 de junho, quando se realizam, em Portugal, as Eleições Europeias.
