“Formalizámos a candidatura à Unesco, para ser cidade da Unesco da aprendizagem. É um tema muito relevante, que mexe com área da educação, mas numa perspetiva muito ampla, mexe com a transmissão de conhecimentos intergeracionais, interculturais, intersectoriais, numa perspetiva formal e informal.”
Segundo o autarca, são vários os fatores diferenciadores na área da aprendizagem, que justificam a apresentação desta candidatura.
“Nós temos uma matéria onde somos especialmente relevantes. A nossa geografia, os nossos saberes antigos, este nosso saber fazer, são vitais naquilo que é a nossa entidade, a nossa paisagem cultural, eu diria também aquilo que é a paisagem cultural do nosso país, entre o Mediterrâneo e o Atlântico. E isso é muito o que temos para oferecer, não numa perspetiva estática, não numa perspetiva de uma museologia antiga, mas, sobretudo, num processo dinâmico de aprendizagem, de troca, de partilha e de atualização desses conhecimentos.”
Os resultados deverão ser conhecidos nas próximas semanas e Paulo Fernandes tem esperança que o Fundão possa ter mais este selo da Unesco.
“Já são as suas Casas do Sentir, mas agora, este selo ainda mais amplo, posiciona-nos como um dos locais, a nível nacional, em que a Unesco reconhece aquilo que é a especificidade, as boas práticas, o potencial de disseminação, os processos de aprendizagem que tem, hoje em dia, o concelho do Fundão.”
Durante a sessão de abertura, que decorreu na Sala de Imprensa do Casino Fundanense, o autarca agradeceu a escolha do Fundão para a realização do 9.º Encontro Nacional de Associações e Clubes Unesco que reúne, durante dois dias, no Fundão, 24 dos 70 clubes que existem no país.
Do programa faz parte a visita a três Casas do Sentir, da rede de Casas que o tem o selo da Unesco: a Casa das Memórias António Guterres, nas Donas, a Casa da Cereja, em Alcongosta e a Casa do Barro, no Telhado.