Em 2024, a estadia média dos turistas no concelho do Fundão ultrapassou os dois dias e meio. Segundo o presidente da Câmara, Paulo Fernandes, este é o dado mais relevante no setor turístico atualmente, até porque está, sublinha, “muito acima da média regional, que dificilmente ultrapassa uma noite e meia”.
Mais do que o número absoluto de dormidas — que ultrapassou as 160 mil no último ano —, o autarca considera que esta evolução representa uma mudança significativa no perfil do visitante: “Significa que as pessoas estão, em média, de duas a três noites no concelho”, o que permite não só usufruir da oferta local, como também usar o Fundão como ponto de partida para explorar outras áreas da região.
Paulo Fernandes salienta ainda que, com mais tempo disponível, os turistas têm maior propensão para consumir localmente, desde refeições a experiências, o que beneficia diretamente os produtores, os espaços de alojamento e a programação cultural. Entre os exemplos, destaca a cereja do Fundão, as casas temáticas, os produtos endógenos ou o ciclo de eventos: “Se conseguirmos vender melhor os dias, teremos mais gente a pagar por essas experiências e a contribuir para a economia local”.
O objetivo do município é agora claro: aproximar a estadia média das três noites e reforçar o impacto económico de cada turista. Para isso, a autarquia quer começar a medir o valor médio gasto por visitante — um indicador que, afirma o presidente, “vai tornar-se cada vez mais relevante nos próximos anos”.
Na visão de Paulo Fernandes, o Fundão hoje “também contribui, de forma inequívoca, para o aumento da estadia e da permanência no território”, afirma, apontando a importância crescente do concelho no contexto da Cova da Beira, das Beiras e da Beira Baixa.