O incêndio que deflagrou na manhã desta quarta-feira, 10 de abril, na rua da Cale, cidade do Fundão, deixou uma família desalojada. O fogo começou cerca das 10 horas e já se encontra dominado.
Nas operações estiveram envolvidos 40 operacionais, acompanhados de 12 veículos. De acordo com o comandante dos Bombeiros Voluntários do Fundão, José Sousa, o alerta foi dado “por volta das 9h50” e quando a equipa chegou ao local, o incêndio “já estava com uma evolução muito grande”.
“Deflagrou no segundo andar de um edifício composto por três andares e já estava propagado à nossa chegada, tendo atingido o terceiro andar. Propagou-se muito rapidamente, tendo em conta que isto é uma construção antiga em madeira e as paredes são de tabique”, explicou aos jornalistas o comandante da corporação.
Para além dos dois residentes da habitação, que foram “assistidos pelas equipas de emergência no local devido a ansiedade e inalação de fumo”, há ainda a registar dois bombeiros ligeiramente feridos. “O primeiro foi transportado para a Unidade Hospitalar Cova da Beira e o segundo foi assistido no local”.
O comandante dos Bombeiros confirma que a habitação ficou destruída e “inabitável”, incluindo o primeiro andar “dadas as circunstâncias do combate, da humidade e todas as consequências estruturais do edifício”, tendo deixado uma família desalojada.
Apesar da Câmara Municipal “estar preparada para realojar” aqueles residentes, a família já encontrou uma solução junto de parentes próximos, avançou o presidente do município, Paulo Fernandes, que também esteve no local.
O incêndio foi dado como dominado oficialmente às 10h40, mas José Sousa diz que “neste momento há ainda muito trabalho de consolidação de rescaldos”.
“Há a remoção de destroços no interior do edifício, para nos certificarmos que fica tudo apagado e em segurança. Há ainda muito material suspenso que temos de deitar abaixo para que ele não caia espontaneamente e possa atingir alguém na rua, para além de provavelmente esta zona ter de ficar interdita ao público devido à elevada probabilidade da fachada poder cair”, aponta o comandante.
Embora os esforços dos bombeiros terem sido no sentido de travar a propagação das chamas a habitações vizinhas, o fogo chegou mesmo a atingir o telhado de outra casa, propriedade da CMF, tendo sido extinto “ainda numa fase muito precoce, sem danos de maior”.
c( Lara Cardoso