O município do Fundão é uma das instituições que integra um consórcio para desenvolver metodologias, técnicas e inovação. O projecto, que arranca este mês, tem uma dotação financeira de 1 milhão e 700 mil euros e conta também com a participação da escola de ciências e tecnologia da universidade de Évora e do departamento de engenharia informática da universidade de Coimbra.
Em comunicado, a autarquia do Fundão refere que este projecto “vai abordar a gestão do risco de incêndio florestal, especialmente devido aos mega incêndios que assolam a região do Sudoe com crescente frequência e intensidade”. Pretende-se, através deste consórcio, recorrer a redes de sensores sem fios de baixo custo “para monitorização e alerta precoce de incêndios florestais, o que vai favorecer a transição digital da gestão de riscos ambientais”.
Vão ser financiadas acções de investigação e desenvolvimento de novas tecnologias para as redes de sensores sem fios “colocando-as ao serviço da prevenção e de combate a incêndios em ambiente rural”. Está ainda prevista a instalação de acções piloto nos municípios de Castilla y León, Extremadura, Fundão e Andorra.
O projecto prevê ainda “a formação e capacitação em redes de sensores sem fios à população jovem do Sudoe, que vai adquirir novas competências profissionais, melhorando assim a sua empregabilidade e acesso a emprego de qualidade e empreendedorismo, também nas zonas rurais”.
Para Pedro Neto, vereador na câmara do Fundão, uma das prioridades do município “é a protecção do nosso património florestal e, através deste programa, temos a oportunidade de dar um impulso importante nesta área. Para o efeito precisamos modernizar tudo o que se relaciona com a prevenção de incêndios, incorporando as tecnologias e práticas mais avançadas. Os municípios precisam de estar equipados com soluções tecnológicas inovadoras para facilitar a tomada de decisões com base em dados de campo em tempo real.