O Grupo de Convívio e Amizade nas Donas, concelho do Fundão, soprou 35 velas no passado sábado, 18 de maio. Enquanto analisa as necessidades do futuro, a coletividade olha de forma positiva para as conquistas do passado, deixando neste aniversário uma homenagem a quem contribuiu para os primeiros passos do clube.
Melhores condições para a prática de atletismo, nomeadamente uma pista coberta no interior do país, é uma das maiores necessidades assinaladas pelo Grupo de Convívio e Amizade nas Donas, e que ainda está longe de ser conquistada.
Ainda assim, o grupo que este sábado completou 35 anos de vida, tem conseguido destacar-se a nível nacional com os resultados obtidos neste último ano na modalidade de atletismo.
“Temos cerca de centena e meia de atletas federados, principalmente no atletismo, também temos o duatlo e o triatlo, mas a modalidade que todos os anos nos tem dado títulos nacionais é o atletismo, onde tivemos, este ano, atletas que conseguiram boas marcas a nível nacional, medalhas nacionais, e isso é o grande ponto e a grande conquista da coletividade”, disse aos jornalistas Sérgio Salvado, presidente do grupo de convívio, que faz um balanço positivo das últimas três décadas, destacando o “longo caminho” percorrido pela coletividade.
“Lembro-me de começarmos numa pequena garagem, hoje temos uma boa sede, temos outros edifícios que pertencem à coletividade que fazem com que nós não sejamos subsídio-dependentes. Se calhar mais de 50% dos nossos fundos advêm das atividades que nós vamos fazendo, dessas infraestruturas que nós temos e que estão alugadas e faz com que a gente não esteja só à espera que no final do mês caia o dinheiro da câmara”, salienta o dirigente.
Deste caminho também fez parte Joaquim José Tavares Gertrudes, o sócio homenageado neste 35º aniversário. Uma pessoa que, na fundação da coletividade, “facultava gratuitamente o seu veículo para o transporte de atletas”, explica Sérgio Salvado. “Atualmente não seria possível porque estamos a falar de uma carrinha onde nós tínhamos de ir sentados em caixas de fruta. Mas na altura foi fundamental para participarmos em várias provas e vários eventos”, recorda o presidente da coletividade.
Generosidade que deu a José Gertrudes, mais conhecido como “Zé do Alto”, muitas histórias para contar, como aquela em que levou na sua Mercedes 32 atletas a um jogo de futebol em Castelo Branco ou quando conduziu de pneu furado até Colmeal da Torre.
“Foi com muito sacrifício e boa vontade que o fiz”, afirma o sócio número 17, que diz ter deixado “muitos trabalhos para socorrer ali e além”.
“Foi por uma boa causa. Foi com muito gosto que fiz isto toda a vida, durante uma série de anos”, salienta José Tavares Gertrudes, mais uma peça na história do Grupo de Convívio e Amizade nas Donas que, depois de 35 anos, continua a crescer e a trabalhar para mais e melhores resultados.