Desde o primeiro dia do ano até à passada quinta-feira, dia 12 de setembro de 2024, a Guarda Nacional Republicana (GNR) realizou mais de 38 251 patrulhas, que resultaram na identificação de 361 suspeitos e na detenção de 26 indivíduos pelo crime de incêndio florestal. Ainda neste âmbito, foram registados 5 049 incêndios rurais, os quais resultaram em 15 070 hectares de área ardida.
A Guarda Nacional Republicana, desde a passada sexta-feira, dia 13 de setembro, e até o perigo de incêndio o justificar, está a reforçar o patrulhamento de visibilidade direcionado para a prevenção de incêndios, em todo o território nacional, em virtude da previsão de agravamento do perigo de incêndio, tendo em consideração o aumento das temperaturas, a previsão de vento forte e a diminuição da humidade relativa do ar, previstos para os próximos dias.
A GNR, através das suas várias valências, nomeadamente de Proteção da Natureza e do Ambiente, Territorial e Investigação Criminal, vai intensificar a vigilância em determinadas zonas do país, nomeadamente nos locais em que o risco previsto seja elevado, muito elevado e máximo, com o intuito de prevenir a ocorrência de comportamentos de risco e de incêndios rurais.
A Guarda Nacional Republicana apela à população para a importância de adoção de comportamentos seguros, nos espaços florestais e agrícolas, nos dias de risco de incêndio muito elevado e máximo, devendo evitar, nomeadamente:
fumar, fazer lume ou fogueiras;
fazer queimas ou queimadas;
lançar foguetes e balões de mecha acesa;
fumigar ou desinfestar apiários, salvo se os fumigadores estiverem equipados com dispositivos de retenção de faúlhas;
circulação de tratores, máquinas e veículos de transporte pesados que não possuam extintor, sistema de retenção de faúlhas ou faíscas e tapa chamas nos tubos de escape ou chaminés.
Do total de incêndios investigados pela GNR, no que diz respeito às suas causas, 28% são devidos ao uso negligente do fogo (queimas, queimadas, entre outros), 26% são causas indeterminadas, 25% são devidos a incendiarismo, 13% devem-se a causas acidentais (transportes e comunicações), 4% são derivadas de reacendimentos, 1% são causas naturais e 1% devem-se a causas estruturais (caça e uso do solo).
Reafirmando que através do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), tem como preocupação diária a proteção ambiental e dos animais, a GNR relembra que para o efeito, pode ser utilizada a Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520) funcionando em permanência para a denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas.