A ARS – Investigação e Desenvolvimento promove, a partir da próxima segunda-feira, 13 de janeiro, um ciclo de encontros no Espaço Biblos, no Fundão, com o objetivo de desmistificar as artes e aproximar o público das suas diversas expressões.
O evento, que vai ocupar todas as segundas-feiras do mês de janeiro, às 18h00, pretende desconstruir as linguagens artísticas, oferecendo uma nova perspetiva sobre os vários tipos de arte.
A ideia, explica o diretor da ARS, surgiu de “uma questão que era: como é que se leva as pessoas a ir às exposições, a frequentar os espaços culturais e a fruir do que lá é possível?”.
Baseados nisso, aponta Carlos Fernandes, “achámos que seria interessante desmistificar um pouco as linguagens artísticas. Ou seja, se uma pessoa souber um pouco sobre a pintura, por exemplo, a história da pintura, é muito mais fácil ela aderir a ir ver uma exposição de pintura. Mas primeiro tem que conhecer um pouco a história e perceber que a pintura é sempre muito diferente e cada vez mais”.
Sob o tema “Histórias de Artes para a Curiosidade”, foi criado um grupo de cinco artistas para abordar a sua própria arte de forma “provocadora” e “improvisada”, em cada um dos encontros.
“Cada um explora o tema de maneira provocadora a desconstrução das linguagens artísticas com o propósito de oferecer perspetivas únicas sobre temas que envolvem as artes performativas, a música, o ensaio, a poesia e a filosofia, convidando à reflexão sobre a função, o mistério e o impacto das expressões artísticas e culturais nas nossas vidas”, explicou em declarações à RCB, o diretor geral da ARS ID.
Podem ser performances, conversas, fica a critério de cada responsável. O ciclo arranca já esta segunda-feira, 13 de janeiro, com Luciano Amarelo a abordar “A Importância do Riso”, como linguagem universal.
Mas o programa vai mais longe e, além das artes performativas, passa ainda pela música, a poesia, o ensaio e a filosofia.
No final, a expectativa é que “as pessoas deixem de ter medo de ir a uma exposição ao Espaço Pontes, por exemplo, ou passem a ir ao teatro, ou a um concerto de música sem medo e sem barreiras, porque há um medo e nós sabemos isso”, revela Carlos Fernandes. “Só de entrar numa galeria sem nunca lá ter entrado, há um receio. Que tipo de pessoas é que entraram ali? Aquilo não é para mim. É tudo mentira. Aquilo é para ele. É para todos”, conclui.
A expetativa é também a de que, dependendo como corre esta primeira edição, se possa dar continuidade à iniciativa com outros temas e outros profissionais das artes a fazer parte dela.