Na passagem do 38º aniversário, a Rádio Cova da Beira (RCB) realiza cinco homenagens. A sessão decorre, a partir das 11h00, no auditório Luís de Carvalho, na sede da rádio.
António Júlio d’ Almeida Garcia, nasceu em tempo de ditadura, em junho de 1944, na cidade da Guarda. Filho de um médico e de uma professora, cedo aprendeu valores como liberdade, igualdade e fraternidade. Na adolescência despertou para a política numa espécie de chamamento para aquilo que considera a prática do altruísmo, da dádiva ao outro e à sociedade.
Foi na Universidade de Coimbra que cimentou conceitos como a amizade, a partilha e até a gestão equilibrada de orçamentos. Na procura constante de criar pontes e derrubar muros, António Júlio Garcia sempre se pautou pela defesa da paz e concórdia que acabaram por serem importantes ferramentas na sua vida.
Adepto do teatro, foi no palco da vida que se viu obrigado a aceitar um dos papéis mais duros ao ser preso pela PIDE, em 1971. Seguiu-se o calvário: PIDE do Porto, Forte de Peniche e o tormentoso período de 87 dias entre isolamento e interrogatórios. Um tempo que lhe permitiu refletir sobre o mundo e as coisas, o que era e o que havia de ser.
Foi professor, passou pela política, Presidente da Câmara Municipal de Belmonte, e deu o seu contributo à RCB como membro da direção.
“Como ao lado de um grande homem está sempre uma grande mulher”, Maria Antonieta Garcia, com quem está casado há 57 anos, foi a trave mestra de uma construção familiar, a confidente, a amiga e a sua grande inspiração.
Por estas e outras razões, e pela primeira vez, a RCB distingue uma personalidade da região pelo exemplo cívico, percurso de vida, e pela defesa intransigente de valores como a liberdade, igualdade e fraternidade.
Em declarações à RCB, António Júlio Garcia recorda os primeiros tempos físicos da Rádio Cova da Beira e aproveita parabentear a “nossa rádio”