O instituto de financiamento, agricultura e pescas (IFAP) notificou esta segunda-feira a câmara municipal de Castelo Branco da decisão tomada pela comissão de gestão do programa nacional de regadios em que é anulada a decisão de aprovação e correspondente indeferimento da candidatura para a expansão do regadio a sul da Gardunha.
Em comunicado a câmara municipal de Castelo Branco afirma que desde que o actual executivo assumiu funções “sempre assumiu a que o projecto existente para o aproveitamento hidroagrícola da Gardunha Sul – Bloco da Marateca, tal como foi formulado e nas presentes condições, não poderia ser executado, nomeadamente, sem a prévia garantia da entrada em funcionamento da barragem do Barbaido não poderia criar-se um regadio, alimentado pela barragem da Marateca”.
O município acrescenta que “os estudos que serviram de base a este projeto não ofereciam garantias suficientes de que o abastecimento futuro de água para consumo dos Albicastrenses, assim como dos Idanhenses e dos Rodenses, não seria colocado em causa”. Adicionalmente “tendo em conta a evolução do sector da construção, não estava garantido que o financiamento previamente aprovado seria suficiente para os custos de implementação deste projecto”.
A decisão agora comunicada pelo IFAP, diz o município de Castelo Branco “não é uma surpresa” e considera “definitivamente encerrada” a questão do bloco da Marateca do regadio a sul da Gardunha. A autarquia albicastrense entende que “nem todos os projectos possíveis são vantajosos”, sustentando que neste caso se afigurava um processo “com vantagens discutíveis e riscos evidentes”.
Para a câmara municipal de Castelo Branco “esta decisão salvaguarda os interesses do concelho, bem como dos municípios de Idanha-a-Nova e de Vila Velha de Ródão, que nunca foram tidos em conta neste projecto, mas que sentiriam o seu impacto”.
Neste comunicado, o município sustenta que “encerrada esta questão, a aposta permanece naquele que é o projecto verdadeiramente estruturante para o município, que é o da barragem do Barbaido e que vai ser uma realidade”.
A RCB tentou contactar o presidente da câmara do Fundão, Paulo Fernandes, para obter uma reacção a este assunto mas até agora sem sucesso.