Está a decorrer até quinta-feira, 31 de outubro, o II Fórum Iberoamericano das Cidades Criativas, em Castelo Branco. Com mais de uma centena de participantes, o evento vem alargar a troca de experiências nos diferentes domínios das cidades criativas da UNESCO, contribuindo assim para a valorização do património artesanal albicastrense.
Na sequência da candidatura de Castelo Branco às cidades criativas da UNESCO e da sua consequente aprovação, em 2023, o município de Castelo Branco volta a promover o diálogo e colaboração entre as cidades, instituições e agentes culturais de países ibero-americanos.
“É um segundo fórum que visa refletir, analisar e trazer contributos de modo a valorizar o nosso património, neste caso o artesanato, já que Castelo Branco se distinguiu no âmbito do seu bordado” na rede de cidades criativas, apontou à RCB, o presidente da Câmara.
Leopoldo Rodrigues avança que o município tem vindo a afirmar o bordado ao longo de muitos séculos e, neste momento, “está de muito boa saúde, com muita procura e muitas encomendas por parte de pessoas que nem são de cá e que passaram a conhecê-lo”.
O edil refere ainda que a estratégia de Castelo Branco para a valorização do bordado tem passado pela qualidade, inovação e formação.
“Temos bordadoras com muito conhecimento, que há muito tempo fazem bordado e conhecem bem as suas técnicas. Também pela inovação, temos bons exemplos disso, e em terceiro lugar pela formação, precisamos de formar artesãos para dar continuidade a esta arte com a mesma qualidade”.
Este ano, o encontro de cidades criativas ibero-americanas tem Chile como país convidado, depois de na primeira edição ter recebido a Ucrânia.
“Trata-se essencialmente de universalização. É uma forma de trazermos contributos de outros conhecimentos e alargar a troca de experiências nos diferentes domínios das cidades criativas”, aponta o edil.
Experiências e partilhas que Leopoldo Rodrigues admite poder incorporar na estratégia municipal de Castelo Branco, uma vez que se aprende “com a experiência dos outros e, sobretudo, com este confronto de ideias e aproximação de ideias”.
Leopoldo Rodrigues diz mesmo que o fórum “faz-se pela apresentação das nossas ideias, mas também pela apropriação de outras ideias por nós”.
O II Fórum Iberoamericano das Cidades Criativas arrancou na segunda-feira e prolonga-se até quinta, com mais de uma centena de participantes. Além de apresentações de projetos, o programa contempla exposições artísticas, iniciativas inovadoras, reuniões e workshops, além de visitas ao território albicastrense.