Um “apoio expressivo” por parte do governo é o que o presidente da Câmara de Proença-a-Nova espera para o território afetado pelo incêndio que ocorreu no início de agosto e que deixou 5,5 milhões de euros de prejuízo naquele concelho. Números avançados pelo autarca, esta quarta-feira, numa visita dos deputados socialistas do círculo de Castelo Branco ao terreno.
Aos deputados do Partido Socialista eleitos pelo círculo de Castelo Branco, o presidente da Câmara de Proença-a-Nova anunciou, “entre floresta, equipamentos municipais e privados” um prejuízo de 5,5 milhões de euros.
E refere que, “após o levantamento criterioso no terreno”, o município “está a ajudar já com palha para os animais que ficaram sem pasto, sem alimento, e na reposição dos tubos de rega para aqueles que viram essas infraestruturas queimadas, para que possam dar continuidade às suas explorações”.
Ainda assim, o autarca espera, também por parte do governo, medidas “efetivas, ainda que diferentes do ponto de vista de escala territorial, para que as populações não se sintam defraudadas ou cidadãos de primeira ou segunda”.
“Se me perguntam: Está à espera que o Governo lhe vá dar 5,5 milhões para fazer face aos prejuízos? Não, não estou à espera. Mas estou à espera que ajude de forma expressiva. Isso, eu estou à espera”, afirmou aos jornalistas João Lobo.
Exigências feitas durante a visita dos deputados do PS eleitos pelo círculo de Castelo Branco ao território afetado. Iniciativa essencial, refere a deputada Paula Reis, para perceber “o que aconteceu no terreno, o que é necessário fazer, o que resulta” e se “o que efetivamente está a ser feito em termos de Condomínio e Aldeia e AIGP são boas formas de intervir e multiplicar essas fórmulas para outros territórios”, apesar de considerar que “o que resulta em Proença-a-Nova e Castelo Branco, pode não resultar noutros territórios”.
Refira-se que, desde o início do ano, as quase seis mil e 100 ocorrências de fogo já afetaram 27 mil 800 hectares de espaços rurais em Portugal.