O edifício centenário que acolhe o Lar da Misericórdia vai ser demolido. A decisão resulta do processo de candidatura aprovada ao programa PARES para requalificar o espaço.
De acordo com o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Fundão, o valor da obra de requalificação do lar que fica a caminho da Aldeia de Joanes, “aumentou substancialmente quando comparado com a estimativa de custo que tinha quando foi projetada e candidata ao programa PARES”, ainda antes da pandemia e da inflação, no valor de 3 milhões e 900 mil euros, com 70% a fundo perdido.
De modo reduzir esse aumento em “um milhão de euros”, Jorge Gaspar diz que foram feitas alterações ao projeto. “Enquanto inicialmente estava previsto aproveitar toda a estrutura do edifício e fazer uma ampliação, neste momento não vamos aproveitar nada da estrutura do edifício. Vamos demolir o existente e construir um edifício totalmente novo porque efetivamente ficava mais caro manter a estrutura do que demolir e construir de novo”, confirma o provedor à RCB.
Ainda assim, o provedor garante não deixar cair a história daquela estrutura emblemática, que outrora foi o albergue dos inválidos do Fundão e depois se converteu em lar. O responsável da Misericórdia propõe construir “uma réplica do edifício em miniatura”, para manter na história e memória do concelho aquele que foi “o primeiro lar da misericórdia do Fundão”.
O concurso da obra de requalificação, agora lançado por 4 milhões e 300 mil euros, foi consultado por “mais de 12 empresas”, mas só duas apresentaram propostas “dentro do valor base acrescido dos 20%”.
Propostas que se encontram já “em fase final de análise”, prevendo-se que a obra inicie em setembro deste ano e se conclua, no máximo, no prazo de 24 meses. Até lá, os idosos ali instalados vão ser transferidos para o Seminário do Verbo Divino, no Tortosendo.