Naquele que foi o último jogo do ano em casa, inclusivamente solidário para com uma instituição de apoio a crianças desfavorecidas na freguesia do Dominguiso, no concelho da Covilhã, na qual a própria equipa de arbitragem se associou, o Sp. Covilhã não foi além de um empate a zero frente ao último classificado.
Se porventura pudesse existir nas mentes dos adeptos serranos que a equipa iria encontrar facilidades, ficaram redondamente enganados. O 1º de Dezembro foi um conjunto raçudo, dinâmico, com qualidade a espaços, mormente a defender e com três homens na frente, que, sempre em contra-ataque, criaram muitos problemas à defesa dos leões da serra que, diga-se de passagem, não fizeram uma grande partida, pelo contrário. Num encontro com poucas ocasiões de golo, valeu às duas equipas, a entrega, a determinação, combatividade e músculo, perante um relvado pesado devido à chuva.
Mesmo sem ter feito uma exibição de encher o olho, até efectuou poucas defesas, dignas desse nome, Diogo Almeida foi o herói improvável ao defender aos 90’+2 uma grande penalidade apontada por Casagrande, após lance muito duvidoso na área do conjunto sintrense, e que o central do SCC desperdiçou a oportunidade de dar a vitória à sua equipa, para poder voltar à liderança do campeonato, assim não foi. Por vezes, “Deus escreve direito por linhas tortas”, diz o povo. Pelo que fez a turma de João Nuno ao longo dos 90’+6, não merecia perder o jogo, tal como o Sp. Covilhã de Alex Costa, que mesmo não tendo muita arte e engenho para desequilibrar o encontro a seu favor, tudo fez para conseguir vencer, mas nem sempre bem. A equipa covilhanense teve sempre muita ansiedade, enquanto os visitantes, realizaram uma boa exibição e praticamente não erraram um lance a defender e nunca deixando de pressionar alto o seu opositor durante o tempo todo. Merecem por isso, o ponto conquistado na Serra da Estrela. Os serranos perdem assim a liderança da Série B da Liga 3 e mais dois pontos por demérito próprio, mas não só, obviamente.
Notas finais, para dois lances de perigo, aos 25’ e 75’, respectivamente, com Sambu e Gildo a rematar ao poste.
Arbitragem fraca do jovem Fábio Loureiro de Viseu, principalmente no aspecto disciplinar, que mesmo, não tendo influência no resultado final, teve no entanto, dificuldade em dirigir a partida em termos técnicos, onde ficam muitas dúvidas, no lance da grande penalidade favorável aos da casa.