Cumprido o jogo de castigo à porta fechada, o Sporting da Covilhã perdeu hoje no estádio Santos Pinto, por 3-0 e praticamente hipotecou a luta pela subida de divisão, quando faltam 15 pontos para terminar a 1ª fase do campeonato.
Apesar de Francisco Chaló referir à RCB, que “ainda não penso na manutenção, mas sim em ganhar o jogo seguinte, na qual, o encontro com o Belenenses no Restelo, na próxima sexta-feira, será o jogo limite, para continuar a sonhar com essa possibilidade. Esse jogo, sim, vai ser o nosso limite”. Disse o treinador na sala de imprensa do estádio, a verdade é que os serranos averbaram mais uma derrota (pesada) em casa, muito por culpa própria, principalmente, pelas oportunidades desperdiçadas, incluindo uma grande penalidade, aos 27′, por intermédio de Ramalho (rematou ao poste), na primeira parte, com o mesmo Ramalho a falhar à boca da baliza aos 5′ e Paulinho, de cabeça, levar o esférico à barra aos 30′.
De facto, o Sp. Covilhã, apesar da boa réplica dada pelo adversário e que marcou, contra a corrente de jogo, aos 17′, por Diogo Paulo, lance que nasceu num erro de Filipe Garcia em ficar com a bola, a passe de Rafa e desse lance de linha lateral, aparece, do nada, o golo do 1º de Dezembro.
Pelo bom jogo que fez, o SCC não merecia ir para intervalo a perder, uma vez que dominou, foi infeliz, mas também voltou a falhar, na defesa e na finalização.
Quanto à segunda parte e perante um opositor muito eficaz e mordaz no contra-ataque e a jogar a favor do vento, foi mais inteligente e em 5′ marca dois golos, e “mata” a partida.
A equipa de Sintra, chega ao 2-0, após dois cantos seguidos, por intermédio de Tiago Simões, que, independemente do vento forte que fez sentir o longo de todo o encontro, não pode estar sózinho na pequena área serrana, para finalizar com êxito.
Tudo isto aconteceu aos 51′. Cinco minutos volvidos, Batalha, aproveita mais um deslize defensivo do SCC, consegue isolar-se na grande área de Rafa e apontar o 3-0, aos 56′, depois de um pontapé de baliza do seu guarda-redes, Guilherme Oliveira. Incrível, mas verdadeiro.
No aproveitar do erro dos leões da serra, teve o ganho dos jogadores de João Nuno, que, com as substituições que fez, trancou a defesa, tapou todos os caminhos da sua baliza, passou a jogar em transição, defendeu bem, nunca deixando de lutar e venceu um jogo, onde foi tremendamente eficaz (4 remates à baliza serrana, 3 golos), feliz no 1º tempo, competente e inteligente nos segundos 45′, frente a um Sp. Covilhã (quem diria!) que a partir do segundo golo, nunca mais se encontrou, teve muito coração, pouca cabeça, pouca arte e engenho para fazer mais e melhor, incluindo situações de golo.
Quanto a isso, apenas uma para amostra.
Minuto 90′, Paulinho, na recarga a uma defesa incompleta do guardião Guilherme, rematou ao lado.
Boa arbitragem de Rúben Cardoso.
Relativamente ao encontro, o técnico de 60 anos do SCC, começou por dizer que “o jogo começou com a nossa equipa bem. Foi uma primeira parte em que nós conseguimos criar muitas oportunidades, bola à trave e penalti falhado, remate ao poste, frente ao guarda-redes, movimentação, dinâmica, onde fomos melhores. Contra a corrente de jogo voltámos a sofrer um golo. Na segunda parte, incrivelmente o vento ainda soprou mais a intensidade contra nós. Há dois cantos e sofremos o segundo golo. E aí, depois de uma primeira parte muito boa e bem conseguida no meu ponto de vista, o segundo golo foi uma machadada muito grande e com isso perdemos o norte e sofremos mais um golo, depois de pontapé do guarda-redes, onde não tivemos a melhor leitura da trajectória da bola. Portanto, uma tremenda eficácia do adversário e penso, pelo que fizemos, mormente na 1ª parte, este resultado é injusto e muito pesado, onde o nosso guarda-redes apenas fez uma defesa em todo o jogo. Fica mais difícil lutar pelo 4º lugar, apesar de matematicamente ser ainda possível. Agora temos de ganhar jogos consecutivos e isso, não está a acontecer”. Afirmou Chaló.
A última partida do ano de 2024, para o Sp. Covilhã realiza-se na próxima sexta-feira, 13 de dezembro, às 20h30, no Estádio do Restelo (Belém-Lisboa), frente ao Belenenses.
Relato na RCB.