A Quercus alerta para a necessidade de proteção do Lince Ibérico na região da Beira Baixa, após registo de mais um atropelamento mortal desta espécie na Autoestrada da Beira Interior (A23), no passado mês de novembro.
De acordo com aquela associação ambientalista, este é o segundo caso conhecido de atropelamento de um Lince Ibérico na A23 exigindo medidas preventivas urgentes para minimizar os riscos de mortalidade e o impato das estradas na presença do lince em Portugal.
Desde 2021, a Quercus em colaboração com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), tem monitorizado a presença de uma fêmea de Lince Ibérico, identificada como Maguilla, na região de Castelo Branco.
“A presença de Lince Ibérico na Beira Baixa, embora positiva para a conservação da biodiversidade, apresenta desafios significativos, nomeadamente no que respeita ao risco de atropelamentos em estradas. Este problema identificado como um dos principais factores de mortalidade da espécie, representa 32% dos óbitos registados em linces marcados e monitorizados por telemetrias”, refere a Quercus.
A associação pede à tutela que aplique a legislação que protege o Lince Ibérico na região de Castelo Branco, nomeadamente que se avalie a permeabilidade das estradas.