A Feira Internacional de Artesanato, Design e Outras Artes (FIADA) já abriu portas no Jardim das Artes, na Covilhã. A terceira edição do evento, que é “mais do que uma simples feira de exposição e venda”, arrancou esta quinta-feira, 5 de setembro, com a participação de 40 artesãos de norte a sul do país, projetos e instalações que consolidam o objetivo do evento: ligar a tradição à modernidade.
Quatro dezenas de artesãos de vários pontos do país preenchem o jardim das Artes para mostrar trabalhos em áreas como a cerâmica, têxtil, madeira, couro, vidro, joalharia, entre outras, numa feira que “é já muito reconhecida”, aponta o presidente da Câmara Municipal.
Na cerimónia de abertura Vítor Pereira destacou o “grande sucesso” das duas últimas edições que “contabilizaram milhares de visitantes por dia”.
Este ano, revela, só não foi possível “incluir mais de 100 artesãos certificados porque não havia espaço para todos. É um número significativo e é um sinal muito marcante e evidente do reconhecimento” da feira.
Mas além da mostra e venda artesanal, a FIADA apresenta ao longo de quatro dias, entre o Jardim das Artes e a biblioteca municipal, projetos e instalações inovadoras, como o “Equilíbrio da Vida”, de Luís da Cruz, a “Pegada Transumante” e “O Fio do Barro”, que resultam de residências artísticas na comunidade, ou a “Ondulância” do Projeto Matérias.
Trabalhos que também marcaram o início da feira e que, de acordo com a vereadora da cultura, “tem a ver com um projeto maior que é o de uma cidade criativa na área do design que procura estabelecer diálogos e pontes com outras áreas quando o design tem um papel essencial para inovar e reinterpretar”.
Regina Gouveia explicou, na abertura das exposições inaugurais, que o objetivo “essencial” da FIADA é a “valorização do artesanato, das técnicas, dos materiais, do saber fazer que lhe estão associados”. Uma valorização que “não tem a ver apenas com a exposição e venda”, como outra feira qualquer. “Queremos que seja mais do que isso, por isso temos projetos de inovação que tem a ver com criatividade”.
A formação também vai ter lugar na FIADA, com as oficinas de xisto, adufes e costura para as crianças, e oficinas de artes têxteis promovidas pela MODATEX.
Além da dimensão nacional, assegurada pelos artesãos nacionais e a presença de outras cidades criativas do país, a dimensão internacional está assegurada pela representação do projeto RESOTEX, liderado pela província de Cáceres.
“Esta feira não é apenas uma mostra, mas um projeto multidisciplinar baseado na relação entre tradições e modernidade entre artesanato artes e design, que deverá transformar e desenvolver territórios e entidades participantes e visitantes. É um evento que se pauta pelo envolvimento de parceiros locais, nacionais e internacionais”, realça Vítor Pereira.
A FIADA 2024 decorre até domingo, 8 de setembro, com arte, design e inovação, mas também com espetáculos musicais e animação itinerante. No final, há ainda a atribuir dois prémios às melhores peças de artesanato.