As Minas da Panasqueira têm, pelo menos, mais 15 anos de exploração. A garantia é dada pela Beralt Tin & Wolfram, empresa que detém atualmente a concessão mineira, e que já tem um projeto para abrir mais um nível de exploração subterrânea, o mais profundo da mina.
A notícia é avançada pelo semanário Expresso, a quem o diretor técnico Manuel Pacheco, garante que as reservas de volfrâmio já identificadas na mina, “garantem pelo menos mais 15 anos de atividade”.
A ocupar cerca de dois mil metros de comprimento por 800 metros de largura e uma extensão vertical superior a 250 metros, a mina, localizada entre os concelhos de Fundão e Covilhã, tem mais de cem frentes de trabalho, divididas por 12 áreas de perfuração.
O subsolo da Panasqueira soma já mais de 5 mil quilómetros de túneis e galerias. A cada dia de laboração, segundo dados da empresa, são acrescentados mais 100 metros de escavações. E ainda há margem ainda para expansão.
De acordo com o administrador executivo da Beralt Tin & Wolfram, António Corrêa de Sá, está a ser elaborado um “projeto para abrir mais um nível de exploração”, designado de nível 4, que será “o mais profundo da Panasqueira”. Para esse efeito, a empresa está a candidatar-se a financiamento da União Europeia.
A procura por volfrâmio tem vindo a aumentar, sobretudo após a inclusão deste minério na lista de matérias-primas consideradas estratégicas e críticas pela Comissão Europeia, em março deste ano. O metal é amplamente utilizado na indústria da defesa, nomeadamente em aplicações como munições e blindagens.
A produção anual da Panasqueira ronda as 800 toneladas de concentrado de volfrâmio. Sem capacidade nacional de fundição, a totalidade desta produção é exportada – metade para os Estados Unidos e a outra metade para a Áustria.
Com 127 anos de exploração, atualmente, as Minas da Panasqueira empregam 250 trabalhadores, sendo que 15% são imigrantes.