O movimento independente “Pelas Pessoas”, que concorreu às últimas eleições autárquicas no concelho da Covilhã, considera que o facto de não se ter realizado a sessão solene comemorativa do dia da cidade “não é apenas uma questão de calendário: é uma falha institucional e democrática”.
Em comunicado, o movimento afirma que o dia da cidade da Covilhã, que se comemora a 20 de Outubro “sempre foi um momento de celebração cívica e de reconhecimento colectivo. É o dia em que a cidade se olha ao espelho, honra a sua história, homenageia o esforço da sua gente e renova o compromisso com o futuro”.
A não realização este ano da solene da Assembleia Municipal, nem as tradicionais homenagens a quem tanto contribuiu para o desenvolvimento do concelho representa “um silêncio profundamente simbólico e triste, num dia que pertence a todos” acrescentando que “a ausência destas cerimónias não é apenas uma questão de calendário: é uma falha institucional e democrática”.
Para o movimento “as leis e o regimento municipal são claros, a Assembleia Municipal deve reunir-se em sessão solene no Dia da Cidade. Ignorar essa obrigação é desvalorizar as próprias instituições e o sentido do serviço público. A democracia não se suspende com as eleições. Pelo contrário, é nestes momentos que deve mostrar a sua maturidade, continuidade e respeito pela comunidade.”
O MIPP afirma que “celebrar o dia da cidade é celebrar a memória, o trabalho, a coragem e o orgulho de ser covilhanense”, sublinhando que “quando os representantes se afastam no dia em que deviam falar à cidade, todos perdem. Servir o público é estar presente, é cumprir, é respeitar, sobretudo nos dias que simbolizam a nossa identidade comum”.
Para o movimento “mais do que uma efeméride, este 20 de Outubro é um lembrete para que nunca falte quem governe com o coração aberto à cidade e não apenas a si próprio ou ao seu grupo”, sustentando que “a democracia precisa dos partidos, mas respira através dos movimentos independentes. São eles que lembram que a participação não deve ter dono, que a cidadania é livre e que servir a comunidade pode e deve nascer do compromisso directo com as pessoas”.
A terminar este comunicado, o MIPP afirma que existe “para honrar o legado de quem acreditou na Covilhã com coragem e entrega, e para continuar a defender uma forma de fazer política próxima, livre e feita de valores, não de conveniências”.














