Para isso foi lançado um concurso público, no valor de meio milhão de euros, para a execução dos três projetos de reabilitação e modernização daquele bloco. A fase é de análise de propostas, mas a previsão é que durante o primeiro trimestre do próximo ano, o concurso esteja concluído.
“O que nós queremos é abrir candidaturas no âmbito do novo programa europeu de apoio à agricultura até 2030, estes projetos serão depois apresentados na candidatura para obra, mas, para já é o projeto de execução”.
Em entrevista à RCB, Vítor Freitas, explica que o primeiro projeto de execução prevê a reabilitação total do bloco da Meimoa, “as tubagens foram instaladas há 40 anos, com materiais que estão descontinuados, estamos a ter, de ano para ano, mais rebentamentos, mais avarias nessas tubagens, então desenvolvemos um concurso público para reabilitar todo o bloco da Meimoa.”
O segundo projeto de execução diz respeito à modernização do primeiro troço do canal condutor geral, numa extensão de 13 quilómetros, “temos partes do canal partidas, o fundo do canal, que é o que está sujeito às maiores velocidades de água, já está apodrecido ou é inexistente, portanto, nós, nestes 13,3 quilómetros temos de fazer obras de recuperação pontual do betão, para além das estruturas de filtração, regulação e medidas de segurança.”
O terceiro projeto de execução prevê a implantação da telegestão do Bloco “estes blocos antigos não têm telegestão e a telegestão, hoje em dia, é essencial para dar informação ao centro operacional e até permitem o comando à distância e a abertura e o fecho dos órgãos de rega.”
Se tudo correr como previsto, os concursos dos três projetos de execução estarão concluídos a 31 de março, a tempo das obras poderem ser candidatadas ao novo quadro comunitário de apoio para o setor.
Em fase de obra, está já a modernização do bloco da Capinha.
“Nós começámos no início desta campanha, porque temos de ter água no sistema para testar os equipamentos. Há duas empresas envolvidas, uma, dos equipamentos que estão contidos no hidrante e outra, da telegestão.”
Uma obra de cerca de 100 mil euros que deverá estar pronta no final do ano.
À RCB, Vítor Freitas disse ainda que não há prazo nenhum previsto para a extinção da Comissão Administrativa, sendo que o mais importante é a concretização dos objetivos para que foi nomeada a Comissão: modernizar e reabilitar o Regadio da Cova da Beira e atualizar as taxas pagas pelos beneficiários que, segundo aquele responsável, já foram revistas durante estes 18 meses, mas ainda assim ficaram aquém dos valores aconselhados.