A associação “Move Beiras” vem, em comunicado, manifestar o seu apoio à criação de um serviço ferroviário piloto entre a Covilhã e o Fundão mas considera que “existem elementos fundamentais que devem ser tomados em linha de conta, sob pena de se hipotecar um verdadeiro eixo de mobilidade no território.
A “Move Beiras” recorda que a possibilidade de introdução de um serviço ferroviário entre a Covilhã e o Fundão já foi abordada em 2023 e 2024 mas nunca se concretizou. Uma ligação que a associação considera “de extrema relevância para a região”, sustentando que “por questões de coesão, desenvolvimento do território e justiça social, é fundamental que um serviço deste género seja concretizado rapidamente” e garanta “uma resposta eficaz às necessidades da população e assegura a sua sustentabilidade a longo prazo”.
No entanto, a associação considera que “existem outros factores críticos” que devem ser valorizados “para evitar que este serviço siga o destino de outros projectos ferroviários fracassados no passado” defendendo que o serviço deve ser considerado em todo o eixo entre a Guarda e Vila Velha de Rodão, a integração com outros transportes públicos ao nível dos horários ou a definição de um sistema de bilhética integrada.
A “Move Beiras” sustenta ainda que devem ser identificados polos geradores de tráfego como serviços de saúde, escolas, estabelecimentos de ensino superior, áreas comerciais e de serviços, e zonas industriais, avaliar a criação de novas paragens ferroviárias, identificar obras e ajustamentos necessários nas estações, avaliar a disponibilidade do material, e ainda adoptado um regime de isenção de portagem ferroviária durante a fase piloto.
Para a associação “só depois de garantidas estas condições é possível assegurar a viabilidade e sustentabilidade do serviço a longo prazo, evitando que acabe poucos meses após o arranque, comprometendo futuras iniciativas”.