Presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) desde maio de 2018, António Fernandes termina, no próximo ano, o seu segundo e último mandato. Em entrevista à RCB, António Fernandes fala numa “transformação positiva” durante os oito anos em que esteve à frente do politécnico albicastrense, que gostaria de terminar com a mudança de Instituto para Universidade Politécnica.
Pode ficar na história como o último presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Se tudo correr como previsto, antes de terminar o mandato deverá ser aprovado o novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) que altera a designação de Instituto para Universidade Politécnica.
“Gostava de sair do Instituto com o RJIES aprovado, que o Politécnico fosse uma Universidade Politécnica, porque também me bati por isso, para podermos outorgar o grau de doutor para que nos pudéssemos chamar Universidade Politécnica, gostava que o próximo dirigente do Politécnico fosse reitor, porque é isso que está previsto.”
Para além da designação, António Fernandes destaca outra alteração significativa, “o reitor deixa de ser eleito pelo Conselho Geral e passa a ser eleito através de uma eleição direta na comunidade académica”.
No IPCB já começou a funcionar, desde setembro, o primeiro doutoramento “no âmbito das ciências agrárias, sustentabilidade e agroalimentar”, com 25 estudantes inscritos. António Fernandes está convencido que no próximo ano letivo e no seguinte, o IPCB terá “meia dezena de doutoramentos a funcionar nas suas instalações”.
Nos últimos sete anos o IPCB conseguiu superar a barreira dos 5 mil estudantes, “foi um crescimento muito significativo, acima dos 1.400 estudantes que conseguimos crescer ao longo destes sete anos”, e realizou investimentos nas instalações das suas escolas e residências de 12 milhões de euros, apoiados pelo Programa de Recuperação e Resiliência.
Pelo caminho ficou a reestruturação organizacional do IPCB que nunca foi homologada pelo Ministério da tutela e que gerou uma polémica à volta da Escola Superior de Gestão em Idanha a Nova. António Fernandes considera que a proposta não foi bem entendida e admite que tenha havido falhas de comunicação.
“Houve aqui na região algumas vozes críticas, também houve alguma desinformação e se calhar houve alguma falta de informação por parte do IPCB, admito que isso tenha acontecido, mas a Escola Superior de Gestão em Idanha a Nova nunca esteve em causa.”
Quando sair da presidência do IPCB, António Fernandes vai retomar o ensino “regressarei à escola” e não está nos seus planos uma incursão na política, “não, não está, ao serviço da sociedade sim, ao serviço da política, nem tanto.”













