Trata-se de um diálogo que prevê a partilha de projetos que abordam histórias e memórias individuais ou coletivas dos lanifícios, como manancial de conhecimento, património imaterial e imaginário para novas expressões culturais e artísticas.
Depois da sessão de abertura, que contará com a presença da diretora do Museu, Rita Salvado, e do vice reitor da UBI, Paulo Serra, decorre a primeira conversa, designada, “A Teia na Tecidura dos dias: vivências, narrativas e representações de operários tecelões da Covilhã”, que contará com a leitura de Patrícia Smith, acerca do potencial das histórias e do processo de recolha e produção de narrativas baseadas em memórias e vivências de operários têxteis da Covilhã, para a configuração de representações, objeto de estudo do primeiro projeto a ser apresentado.
“A Memória dos Lanifícios: projeto de Investigação Interna do Museu de Lanifícios” será uma abordagem, pela diretora do Museu, de metodologias de registo da memória coletiva e individual dos lanifícios, que estão em curso no Museu.
Com a colaboração de Helena Correia e de Mafalda Castelo-Branco, serão apresentados dois projetos.
O primeiro, a dupla celebração do centenário da fundação da Empresa Transformadora de Lãs, Lda. e dos vinte anos de ocupação do edifício pela Faculdade de Engenharia da UBI, projeto que cruzou a memória do edifício enquanto fábrica com o retrato atual da faculdade, recorrendo ao fundo documental da empresa, existente no Arquivo Histórico dos Lanifícios.
O segundo, a organização do repositório de vídeos e a apresentação de metodologias de registo de memória oral realizado no âmbito do projeto «Rota da Lã Educa», um projeto de valorização turística.
Segue-se mais uma edição do projeto pedagógico, em execução desde 2019, designado “Elas ao som da fábrica – novelos com história”, pelas diversas turmas finalistas da licenciatura em Ciências da Cultura da UBI.
O debate e uma visita ao Centro de Documentação/Arquivo Histórico do Museu de Lanifícios encerram a iniciativa.