Depois do Partido Socialista alertar para o facto de alguns clubes do concelho não estarem a dar resposta às pretensões dos atletas por falta de infraestruturas desportivas, o presidente da Câmara, Paulo Fernandes, diz que o problema é outro: uma dificuldade “específica” de gestão de horários entre as modalidades de futsal e basquete.
Os socialistas levaram a questão à última reunião privada do executivo, advertindo para a “escassez de infraestruturas desportivas”, mas à RCB, o edil fundanense garante que não é esse o problema, “até porque só aqui no grande Fundão temos ainda um outro pavilhão, o de Valverde, propriedade do município, que se fosse necessário também olhar para ele e falar com o clube para criar horários para complementar a oferta”, também seria feito.
Mas Paulo Fernandes diz que “até agora”, o que há é um pavilhão coberto “que nem sequer ainda entrou nessa equação”. A tensão, refere o autarca, “tem a ver com horários específicos” e não com a falta de equipamentos desportivos “para aquilo que é a generalidade da atividade desportiva”.
“A questão é muito específica, tem a ver com a gestão de horários entre o basquete e o futsal”, aponta o edil. Apesar do município fazer a gestão dos horários, “numa perspetiva muito colaborativa e ouvindo todos os clubes” – diz o presidente do município – há um horário específico, das 18h00, “num determinado dia”, em que “não há esse acordo”. Mas Paulo Fernandes acredita que possa ser resolvido “com algum diálogo entre as partes”.
O presidente da autarquia reconhece que tem havido um crescimento no número de praticantes de basquetebol, e que a nova equipa sénior feminina de futsal vem contribuir para esta “tensão positiva”. E lembra que o pavilhão da ADF está a ser alvo de requalificação do piso.
Um investimento que tem o apoio do município e que, tal como outros, como o parque desportivo escolar, “podem ajudar naquilo que é o desporto livre”.
“Há uma parte que me preocupa mais, que é o acesso aos equipamentos de forma livre, e para isso é muito importante que o parque desportivo da escola secundária se abra mesmo à comunidade, tal como nós temos estado a fazer com o acordo com a escola, porque essa questão é mais relevante do que haver uma tensão pontual relativamente a um horário”, aponta o edil.
Nas preocupações do Partido Socialista estava também a sugestão de uma política desportiva pensada a médio/longo prazo, que o edil diz já ter, destacando que nos últimos 12 anos as modalidades têm sido ajustadas sob essa política. No entanto, Paulo Fernandes, não deixa de lado a possibilidade de fazer uma “renovação” daqui a dois ou três anos.
Entretanto, a RCB sabe que os dois clubes (ADF e CBF) já chegaram a acordo relativamente ao horário pretendido por ambos.