De acordo com o PCP do Fundão, Eugénio de Andrade “merecia que o seu concelho tivesse lançado, no início de 2022, a celebração do centenário do seu nascimento e tivesse criado uma comissão alargada e plural para definir e dinamizar um programa condigno com a enorme dimensão do poeta”. Uma comissão que “poderia e deveria ter sido o embrião dinamizador de um real programa de celebrações a nível nacional a exemplo do que foi feito com outros escritores”.
A concelhia do Fundão lamenta que “o presidente do município só tenha dado notícia pública de algumas iniciativas poucos dias antes da data de nascimento do poeta e que, em tal anúncio, não tenha sido apresentado qualquer real programa, com uma calendarização de iniciativas, seus participantes e entidades dinamizadoras”.
O PCP manifesta ainda o seu descontentamento pelo facto de “tão importante assunto não tenha sido apresentado em reunião de camara nem à comissão permanente da assembleia municipal” e estranha que “na página do município na internet, para além do cartaz do centenário, não seja possível encontrar informação significativa de iniciativas próprias, nem sobre as que são desenvolvidas por outras entidades”.
Neste comunicado, o PCP do Fundão afirma que “Eugénio de Andrade não merecia que a sua celebração fosse tratada no calendário do imediato” considerando que o município “deve redefinir a sua orientação e empenho, dando às comemorações uma merecida dimensão colectiva”.