O provedor da Santa Casa da Misericórdia do Fundão aponta o “final de setembro, início de outubro” para ver terminadas as obras do “velho” lar da Misericórdia. Jorge Gaspar espera que os 86 utentes que estão provisoriamente instalados no edifício do Seminário do Verbo Divino, no Tortosendo, “já vão comer as filhós, este Natal, ao novo lar”.
Com capacidade para 100 utentes, o mais antigo lar da Santa Casa da Misericórdia do Fundão está a dar lugar a novo e moderno edifício que deverá chamar-se Misericórdia Hotel Sénior. A fase é de lançamento do concurso para aquisição dos equipamentos para que tudo esteja a postos, no final da obra, para fazer a mudança, uma vez que são elevados os custos que a Misericórdia tem no Seminário do Tortosendo.
“Um custo bastante elevado, de 10.500 euros por mês só do aluguer e para além desse custo a Misericórdia teve de dar as condições mínimas aos 86 utentes, teve de construir um elevador, teve que colocar o aquecimento, adaptar casas de banho”, tudo acrescido dos também elevados custos energéticos devido “ao pé alto do edifício e ao facto de ser uma construção já antiga.”
Se tudo correr como previsto, em outubro as obras estarão terminadas e prontas para receber não só os 86 utentes que já tem, como mais 14, uma vez que o novo edifício aumentou a capacidade para 100 utentes.
A obra do lar da Misericórdia, comparticipada pelo programa PARES, foi adjudicada por 5 Milhões e 200 mil euros, e vai obrigar a um investimento financeiro da Santa Casa da Misericórdia no valor de dois milhões de euros. Uma obra “subfinanciada”, mesmo depois do reforço de 20% do financiamento, devido ao facto de ter sido projetada antes da Covid-19, lamentou o Jorge Gaspar, em entrevista ao programa “Flagrante Direto” da RCB, no último fim de semana.