O desmantelamento, a desarticulação e o desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde, deixando a porta aberta ao negócio da saúde dos privados é uma situação para a qual o PCP há muito veio alertando. Na Covilhã, cidade onde é anunciada a abertura de dois hospitais privados, a eurodeputada comunista Sandra Pereira, voltou a destacar a situação.
À saída da reunião com a administração do Hospital Cova da Beira, Sandra Pereira mostrou-se preocupada com “aquilo que se está a passar na Covilhã”, com o aparecimento de mais dois hospitais privados. “Foi o mesmo que aconteceu por exemplo, em Coimbra, que havia estudos que diziam não haver viabilidade para construir hospitais privados porque o Serviço Nacional de Saúde dava uma resposta tão boa, mas à medida que houve um desinvestimento no SNS os privados foram aparecendo”, explicava a eurodeputada à porta do Centro Hospitalar Cova da Beira.
Sandra Pereira defende que “é preciso investir mais no SNS, nos seus profissionais, nas carreiras de quem cá trabalha, em vez de investimento para os privados”.
A deputada do PCP no Parlamento Europeu diz que durante a visita ao hospital teve a oportunidade de conversar com alguns utentes que se queixaram do tempo de espera, mas elogiaram o serviço quando são atendidos. Quanto aos serviços privados, Sandra Pereira também ouviu que “nem todos têm carteira para ir ao privado nem para seguros de saúde, ou seja, é o Serviço Nacional de Saúde que as pessoas sentem como sendo o serviço que dá resposta a todos e que tem de dar resposta de qualidade e isso só se faz com investimento”, a eurodeputada em visita ao concelho da Covilhã, na passada sexta-feira onde esteve com os trabalhadores da “Frulact” em greve.
Sobre o assunto, a deputada diz que o PCP continua a lutar por “melhores salários, valorização de quem trabalha por turnos e em horários noturnos” na Assembleia da República.