O contrato assinado entre o ministério do trabalho, solidariedade e segurança social e a Santa Casa do Fundão, prevê a conversão “de um bairro social degradado” num bairro de habitação colaborativa, que terá 18 unidades de habitação independentes destinadas a pessoas idosas autónomas ou portadoras de deficiência e outras em situação de vulnerabilidade social como imigrantes em processos de autonomização.
“De facto, sem prejuízo da natureza dos apoios concedidos serem, em teoria, uma resposta social a equacionar, no caso em apreço é da maior justiça que os promotores não esqueçam os atuais moradores de um bairro de natureza social. Moradores, alguns há várias dezenas de anos, que vão pagando as suas rendas e substituindo-se ao senhorio em pequenas reparações”, frisa o PCP do Fundão.
Após visita ao bairro de Santa Isabel, os membros do PCP constataram “que os atuais moradores não foram envolvidos na solução agora contratualizada, nem dela têm conhecimento preciso. Apenas uma breve informação, em conversa de passada, na qual se referiu o realojamento noutro local, com consequente despejo”, aponta.
“A confirmar-se o propósito de exclusão dos atuais moradores do projeto de habitação colaborativa”, o PCP “reclama da necessidade de respeitar o seu interesse e vontade”.