A direcção da organização regional de Castelo Branco do PCP afirma que os projectos de energias renováveis que estão a ser desenvolvidos no distrito de Castelo Branco e em todo o país devem responder às necessidades de Portugal e não ao negócio das empresas energéticas.
De acordo com o PCP “a necessidade de apostar nas energias renováveis não justifica tudo”, sublinhando que “a pressão sobre solos em áreas ambientalmente sensíveis ou com aptidão agrícola tem aumentado muito” deixando como exemplos “os projectos previstos para Castelo Branco (Barbaído) e Fundão em que as simplificações processuais para projectos de energia renováveis não garante a salvaguarda da capacidade de produção agrícola nem de defesa de zonas ambientalmente sensíveis”.
O PCP afirma que “é importante diminuir a dependência dos combustíveis fósseis com a promoção de alternativas energéticas de domínio público, mas não é indiferente a natureza de quem detém os meios de produção, nem do ponto de vista económico, nem do ponto de vista ambiental”.
Para a direcção da organização regional de Castelo Branco os projectos de energias renováveis “não devem ser dispensados de processos de avaliação de impacto ambiental ou de estudos de incidências ambientais, sujeitos a discussão pública”, devem ser impedidos “em solos classificados como reserva agrícola nacional e ou incluídos em perímetros de rega” e “devem ter em conta perímetros de protecção às localidades”.