A Escola de Infantes e Cadetes dos Bombeiros Voluntários do Fundão tem, pela primeira vez desde que foi fundada, mais raparigas do que rapazes entre os formandos. O dado foi revelado este sábado, pelo presidente da Associação Humanitária, durante o primeiro Encontro de Gerações de Mulheres Bombeiras.
“No Corpo de Bombeiros do Fundão, a Escola de Infantes e Cadetes, pela primeira vez, este ano, há mais raparigas a frequentar esta escola, cerca de 17, mais do que os rapazes, o que é um bom indicador”, revelou Carlos Jerónimo.
Um indicador positivo para o futuro da paridade dentro da corporação, apontou também o presidente do município, Paulo Fernandes, “porque ter mais jovens bombeiros preparados para incorporar a esta corporação é de facto um indicador extraordinário de que vamos caminhar para uma paridade, em pouco tempo, naquilo que é o movimento associativo”.
Entre as cerca de 17 jovens bombeiras que representam esta nova geração, está Lara Costa, cadete de 14 anos. Ao programa “Porque Hoje é Domingo”, da Rádio Cova da Beira, a jovem explica que “além do facto de gostar muito de estar nos bombeiros e de ter uma grande paixão pelo socorro”, o principal motivo para fazer parte da corporação “foi a família”, que já conta com “muitas gerações de bombeiros”.
Lara Costa reitera que sempre a trataram “de igual modo que os rapazes. Nunca me senti discriminada, sobretudo por causa das mulheres que chegaram antes mim e lutaram pelos seus direitos”.
Na última década, tem-se assistido a um crescimento da representação feminina dentro das corporações de bombeiros, fruto de uma maior sensibilização para a igualdade género. Uma tendência que também se reflete na Escola de Infantes e Cadetes do Fundão, este ano, com perto de duas dezenas de raparigas na sua composição.