Em alguns estabelecimentos de ensino do distrito de Castelo Branco, esta sexta-feira, 17 de fevereiro, regressaram as manifestações de professores em defesa da escola pública, acusam o Governo de “denegrirem a sua imagem” e exigem o respeito pelo estatuto aprovado em sede da Assembleia da República.
Em Penamacor, mais de três de dezenas de professores do Agrupamento de Escolas Ribeiro Sanches (AERS) participaram numa ação de protesto contra as medidas do Ministério da Educação. A iniciativa decorreu em frente ao edifício da câmara municipal.
Empunhando cartazes, onde exigiam respeito, e com o preto como cor dominante, em sinal de luto, os docentes guardaram um minuto de silêncio.
Jorge Cameira, um dos participantes no protesto, disse à RCB que em Portugal se assiste diariamente a um combate à escola pública relativamente às condições de trabalho e de motivação para o corpo docente e não docente “vemos uma discriminação, sem precedentes neste país, da contagem do tempo de serviço, com dois pesos e duas medidas, entre os professores do Continente e das Ilhas. Nos Açores e na Madeira a contagem e o reposicionamento foram feitos enquanto no Continente parece um país de terceiro mundo com os docentes a não verem reconhecido esse mesmo tempo que prestaram dignamente”.
“O que os professores exigem é o respeito pelo seu estatuto, que foi aprovado em Assembleia da República, onde o tempo de serviço e progressão da carreira estão contemplados e o Governo faz ouvidos de mercador. A luta vai continuar”, avisa o docente.
Par além de Penamacor, o protesto dos professores também se ouviu na Covilhã e em Castelo Branco.
c/ Luís Seguro