A plataforma pela abolição das portagens na A 23 vem, em comunicado, saudar a decisão tomada pelo Presidente da República em promulgar sete diplomas aprovados pelo parlamento entre os quais está incluída a reposição das scuts nas autoestradas do interior. A medida vai entrar em vigor no início de 2025.
De acordo com aquela organização, esta decisão “é o resultado da uma luta intensa travada, em separado e conjuntamente, ao longo de mais de 13 anos pelas organizações que integram a plataforma e pelas entidades que integram o seu conselho geral” acrescentando que “esta vitória não teria sido possível sem o apoio das populações, dos trabalhadores e dos empresários, dos dirigentes e delegados sindicais, de muitas forças económicas, sociais, de muitos autarcas e dos partidos que votaram favoravelmente a proposta de lei na Assembleia da República”.
Neste comunicado, a plataforma sustenta que “as pressões ilegítimas e imorais vão continuar” deixando como exemplo as recentes declarações do presidente da “Brisa” que afirmou que pretende reunir com os grupos parlamentares “para os convencer a não eliminar as portagens, procurando assim manter a receita para a empresa na leitura dos pórticos”.
O organismo afirma que “também vai haver quem procure argumentar que agora é preciso que a eliminação seja inscrita no orçamento de estado para 2025” sublinhando que “os custos inerentes à eliminação têm de ser enquadrados nas transferências para as infraestruturas de Portugal”, considerando que “o governo só tem de aplicar a lei e eliminar as portagens e a injustiça deste imposto que foi implantado na região tornando-a menos competitiva”.
A plataforma promete não baixar os braços e anuncia, para o próximo dia 10 de Outubro, a realização de uma conferência para exigir um plano de mobilidade e outras medidas para o desenvolvimento do interior, sublinhando que sempre foi afirmado que “as portagens eram uma parte do problema da mobilidade, mas há muitas outras questões, como o valor dos passes dos transportes públicos e a melhoria da ferrovia” que tem de ser analisadas.