A plataforma pela abolição das portagens na A23 vem, em comunicado, exigir à ministra da coesão territorial que esclareça quais são as conclusões do grupo de trabalho interministerial que foi criado pelo governo para, até ao passado dia 21 de Junho, elaborar propostas para a mobilidade no interior do país e para a eliminação das portagens no interior.
Neste comunicado, a plataforma recorda que no início de Junho solicitou ao ministério das infraestruturas uma reunião “para informação sobre o mecanismo que promova a mobilidade sustentável e a coesão territorial”, tendo sido agora informada pelo secretário de estado da mobilidade urbana que esse pedido “foi remetido para o gabinete da ministra da coesão territorial, por se tratar de um assunto da sua competência”.
De acordo com a plataforma “estamos perante um jogo de empurra de um ministério para outro já que, antes, o ministro das infraestruturas disse que este era um dossier da sua competência” sendo certo que o tal plano de mobilidade “anda perdido de gabinete para gabinete ministerial, ou, o mais certo, é estar encalhado nos gabinetes do ministro das finanças e do primeiro-ministro”.
A plataforma acrescenta que “apesar destas incongruência e contradições, agora é dito de forma clara e inequívoca que o assunto é da responsabilidade da ministra da coesão” e por isso a organização exige a Ana Abrunhosa que “de uma vez por todas venha apresentar as conclusões do grupo de trabalho interministerial criado para elaborar propostas para a mobilidade no interior do país e para a eliminação das portagens no interior”
Uma vez que a data limite para a apresentação dessas conclusões já foi ultrapassada e Ana Abrunhosa “continua a dizer que se sente em dívida” a plataforma espera que a governante “pague essas dívidas que tem para com o interior” e por isso vai fazer chegar à ministra da coesão territorial um pedido de esclarecimento “com a nossa disponibilidade para uma reunião que se traduza em compromissos sérios e concretos e não, como vem sendo hábito, com palavras muito simpáticas, mas que pouco ou nada resolvem”.