A Plataforma P´la Reposição das SCUTs na A23 e A25, esta terça-feira, reuniu com a Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças da Assembleia da República para analisar as questões das portagens e da mobilidade no Interior. A Plataforma valoriza “o largo consenso” dos partidos quanto ao objetivo da reposição.
A reunião com a Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças da Assembleia da República estava agendada e publicitada pela Plataforma. No encontro onde estiveram presentes representantes de todos os partidos com grupo parlamentar, com excepção do grupo parlamentar da Iniciativa Liberal, o movimento aproveitou para fazer uma resenha de todo o processo tendo reafirmado “os argumentos de ordem económica, social e ambiental que fundamentam a nossa posição para a urgência da Reposição das SCUTs”, refere a Plataforma, que deu ainda conhecimento do documento que em Fevereiro.23 entregou ao então ministro das Infra-estruturas contendo propostas sobre as portagens e sobre um Plano de Mobilidade para o Interior.
Em comunicado, a Plataforma refere que os partidos presentes, sem excepção, consideraram “justo e necessário” trabalhar para a reposição das SCUTs no Interior, articulando esse processo “com uma política de mobilidade para o Interior, e nesse sentido valorizaram as propostas que a Plataforma apresentou”.
Mas o movimento registou diferenças de opinião quanto ao ritmo e forma de se atingir o objectivo da Reposição das SCUTs na A23, A24 e A25.
A Plataforma refere que o PS manifestou “disponibilidade para continuar a estudar a possibilidade de redução progressiva das portagens até à sua eliminação”; o PSD informou que apenas iria apresentar uma proposta “para que, além da redução dos 30% no preço das portagens já anunciada pelo governo, se proceda ainda à redução dos 20% em falta na redução aprovada para 2021, dando assim cumprimento ao Orçamento desse ano”; o PCP, o BE e o Chega informaram “que em sede de discussão do Orçamento na especialidade apresentarão proposta para a eliminação das portagens”.
Assim, a Plataforma valoriza o “largo consenso” quanto ao objectivo da Reposição e apelou a que, ainda na discussão e votação final do Orçamento de Estado para 2024, procurassem uma solução comum.
Quanto ao PS, enquanto partido maioritário na Assembleia da República, o movimento deixou o apelo a que viabilize uma solução, “já que isso contribui para que o governo e o primeiro-ministro cumpram com as promessas eleitorais que fizeram ao povo do Interior em sucessivas eleições”, conclui.