A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) realiza um protesto, esta terça-feira, no Parque Urbano em Proença-a-Nova, local onde decorre a cerimónia do Dia da Unidade da GNR de Castelo Branco. A cerimónia conta com a presença do Ministro da Administração Interna.
Um grupo de elementos da Associação dos Profissionais da Guarda está presente, esta terça-feira, 28 de março de 2023, na cerimónia militar presidida pelo Ministro da Administração Interna (MAI), José Luís Carneiro, em Proença-a-Nova (Castelo Branco), para, mais uma vez, alertar para a necessidade de revisão do sistema remuneratório, de aumentos que reponham o poder de compra, da dignificação das funções de segurança pública, “bem como da pertinência de se garantir o direito de associação sindical” na guarda, refere a APG em comunicado.
No documento, a APG destaca que, independentemente das reivindicações que são comuns a todo o efetivo, a questão das instalações do Comando Territorial da GNR de Castelo Branco “merece uma resposta urgente”, já que em 2020 o anterior ministro, Eduardo Cabrita, prometeu 4,5 milhões de euros para a remodelação do complexo, mas, segundo a associação sindical “até hoje desconhece-se o destino da totalidade da verba”.
A APG/GNR salienta ainda os postos territoriais do Fundão e de Vila Velha de Ródão, ambos inscritos na Lei de Programação de Infraestruturas e Equipamentos do MAI 2017/2021 e que se encontram nas mesmas circunstâncias.
“No caso do Fundão percebe-se mal a falta de urgência no encontro de uma solução, sendo que temos conhecimento de que o projeto de construção do novo posto foi já alvo de cerca de três dezenas de alterações”, refere a associação, sublinhando que “o Fundão é a única cidade do interior que é da exclusiva responsabilidade da GNR, com um volume de trabalho considerável, sendo que os profissionais prestam serviço em instalações desadequadas, sem condições, quer para si, quer para os cidadãos”.
Quanto ao posto de Vila Velha de Ródão, a APG/GNR considera que a situação “é igualmente caricata”, pois o posto “está sem telhado desde janeiro de 2021, estando presentemente os profissionais a prestar serviço em instalações sem o mínimo de condições”.
A APG/GNR considera que “a presença do MAI nas comemorações do Dia da Unidade não deveria servir apenas como cartaz publicitário de apoio à instituição, deveria sobretudo servir para tomar conhecimento da realidade no terreno e para adotar medidas urgentes para encontrar soluções capazes de dar resposta à necessidade de condições de serviço e às reivindicações dos profissionais da GNR do Comando de Castelo Branco”.
“A APG/GNR não poderia deixar de estar presente, em forma de protesto, numa cerimónia que, de outra forma, não passaria disso mesmo, um evento comemorativo, em que os profissionais que prestam serviço naquela unidade não teriam voz, designadamente quando exigem dignidade no desempenho das suas funções”, aponta a associação.