Até dezembro do corrente ano, estudantes, investigadores e empreendedores da Irlanda, Espanha, França e Portugal irão responder aos desafios que a Economia Azul enfrenta. As melhores ideias serão selecionadas e o Instituto Politécnico da Guarda, associações, empresas, centros de investigação e universidades estrangeiras irão apoiar os seus autores no primeiro de três programas de aceleração.
“Tornar as operações de pesca mais eficientes e otimizadas”, “Reduzir a poluição marítima por plástico” ou “Desenvolver mecanismos de base tecnológica para melhorar a segurança dos atuais processos de embarque e desembarque” são três dos dez desafios aos diferentes setores da Economia Azul que o ADT4Blue – consórcio europeu liderado pelo Instituto Politécnico da Guarda (IPG) – lançou para estimular a capacidade de inovação de estudantes, investigadores, antigos alunos e novos empreendedores de
Espanha, França, Irlanda e Portugal.
Estes desafios foram lançados a 24 de setembro no site do ADT4Blue na sequência da reunião que o consórcio realizou nos dias 17, 18 e 19 em Zarautz, no País Basco, Espanha, e na qual o Politécnico da Guarda esteve representado pelos docentes André Garcia de Sá e por Pedro Fonseca,
docentes e investigadores do IPG.
Os desafios dividem-se por cinco áreas: Aquicultura e Pesca; Comunicações; Transporte Marítimo; Monitorização dos Oceanos, Conservação e Proteção dos Ecossistemas Marinhos; e Atividades
Portuárias.
Esta Open Call será o primeiro de três programas de aceleração previstos no projeto ADT4Blue, que é cofinanciado pelo programa Interreg Atlantic Area com 3,1 milhões de euros. As três open calls visam capacitar iniciativas empreendedoras com base em tecnologias digitais avançadas para responderem
aos desafios mais urgentes enfrentados pela economia azul. Será promovida a constituição de equipas multidisciplinares que receberão formação avançada ao nível de empreendedorismo e de tecnologias digitais e beneficiarão de um programa de mentoria personalizado. As open calls seguintes serão lançadas ao longo de 2025.
De acordo com o presidente do Politécnico da Guarda, o objetivo deste projeto é promover um desenvolvimento económico que não coloque em causa a sustentabilidade dos oceanos e do planeta. “Essa sustentabilidade tem inevitavelmente de passar pela investigação académica e pela criação de soluções para as ameaças que as atividades económicas trazem ao equilíbrio ambiental, como a emissão de gases de efeito de estufa, a perda de biodiversidade e a poluição do ar e da água”, afirma Joaquim Brigas.
A partir de 18 de outubro e até 18 de dezembro, os estudantes e empreendedores dos quatro países vão poder apresentar ideias que tornem os negócios ligados à economia do mar mais inovadores e competitivos através das tecnologias digitais, como a Inteligência Artificial, a tecnologia Blockchain
ou a Internet das Coisas. Depois um painel de avaliadores independente apurará quais são as melhores soluções apresentadas para os desafios em causa e convidará os seus autores para um programa de aceleração – todo ele online e em inglês – que os irá apoiar na tentativa de transformar essas ideias em
negócios.
Já no próximo dia 10 de outubro terá lugar o primeiro evento de “Matchmaking” que visa promover a constituição de equipas para concorrerem à primeira open call
O projeto ADT4Blue é cofinanciado pelo programa Interreg Atlantic Area com 3,1 milhões de euros.