Nuno Ezequiel Pais apresentou a demissão de membro da comissão política distrital do PSD. A decisão foi tomada no final da última reunião daquele órgão que decorreu na passada sexta-feira. A distrital já se pronunciou, em comunicado, sobre esta situação.
Contactado pela RCB, Nuno Ezequiel Pais confirma a apresentação do pedido de demissão, mas não quis fazer nenhum comentário sobre o assunto. O também presidente da mesa da assembleia de militantes do PSD da Covilhã remete para mais tarde uma posição pública sobre o assunto.
Em comunicado, a distrital do PSD já reagiu a esta demissão. De acordo com o órgão liderado por Luís Santos refere que “vários elementos da distrital solicitaram a Nuno Pais a apresentação da demissão durante essa reunião” uma vez o militante “há mais de três meses que estava em contacto permanente com os dirigentes locais para a formação de uma lista alternativa à equipa onde estava integrado como vogal, visando as eleições previstas para meados de Dezembro”.
A distrital social democrata acrescenta que “após ser confrontado acerca da contradição entre formar uma lista concorrente e ainda pertencer à atual comissão política, foi-lhe solicitada a demissão do cargo. Uma opção que a que não estava preparado para aceder, mas depois confirmada pelo envio de um mail, onde desvirtuou a realidade”.
O órgão liderado por Luís Santos sublinha ainda neste comunicado que a exigência de Nuno Ezequiel Pais “para a realização de eleições no próximo dia quatro de Dezembro é um sintoma claro de ambição pessoal, pois, numa altura tão difícil para Portugal, nunca uma eleição interna seria mais importante que a esperança e a ambição dos beirões” acrescentando que essa ideia “contraria a recomendação emitida pela comissão política nacional” e recebida por Nuno Ezequiel enquanto presidente da assembleia de secção do PSD Covilhã para que os actos eleitorais que ainda não estejam marcados sejam adiados para depois das legislativas.
A distrital social democrata acusa ainda Nuno Ezequiel Pais de ter “programada uma fuga de informação para causar dano externo ao PSD, e é indigna de alguém que, mesmo demitido da comissão política distrital, ainda exerce cargos dentro do partido”.