Foi adiado o evento “Quadros Vivos” integrado no 12º aniversário do Museu de Arte Sacra da Covilhã nas comemorações do 20º aniversário da Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO, previsto para esta sexta-feira. Na base da decisão estão as adveras condições climatéricas previstas também para sexta-feira.
“Conhecidos apenas no Teixoso”, de acordo com a autarquia, os Quadros Vivos consistem na teatralização de temas religiosos e mais raramente de temas históricos. Eram representados sobre uma placa giratória movida pelo impulso de homens que, deitados numa plataforma inferior, empurravam com os pés a estrutura que constituía o palco.
A tradição teatral foi interrompida pelas autoridades eclesiásticas nas primeiras décadas do século XX, tendo sido retomada em 1970, no Cortejo do Trabalho, no primeiro centenário da elevação da Covilhã a cidade.
Lourenço Cardoso, Bernardo Barbosa, Joaquim Neves e Américo “Francês” foram alguns dos nomes que participaram ao longo dos anos nestes autos, de onde também se destaca o maestro Campos Costa, grande entusiasta covilhanense que tornou a recriação de 1970 possível.
Em 1984, os Quadros Vivos são, de novo, levados a palco, pelo grupo de teatro Grande Círculo, mas a inexistência da roda esbateu o sucesso da iniciativa. Agora, o Museu de Arte Sacra da Covilhã volta a apresentar a tradição dramatúrgica do Teixoso, para comemorar os 12 anos da sua atividade.
A representação é feita esta sexta-feira, 20 de outubro, às 21h45, na zona envolvente do Museu.