Foram detetados no piso -1 do Centro de Saúde da Covilhã níveis superiores aos valores de referência nacionais legalmente estabelecidos de gás radão. A Unidade Local de Saúde da Cova da Beira já determinou o selamento preventivo daquele espaço.
A Unidade Local de Saúde da Cova da Beira (ULSCB) implementou medidas preventivas e de mitigação no Centro de Saúde da Covilhã. Em causa está uma monitorização ao gás radão realizada naquela unidade onde foram detetados, no piso -1 , níveis superiores aos valores de referência nacionais legalmente estabelecidos, revela a ULSCB.
Em comunicado, o conselho de administração da ULS adianta que na posse dos resultados determinou o selamento preventivo desta área (piso -1), “até que seja encontrada e implementada uma solução definitiva” pela entidade responsável pela gestão desta infraestrutura, a Câmara Municipal da Covilhã, no âmbito do auto de transferência de competências.
Com caráter preventivo, foi realizada uma reunião com os profissionais daquela unidade e avançou com a reorganização dos serviços, “de modo a garantir a continuidade da prestação de cuidados de saúde à população”, frisa.
A administração da ULSCB apela à compreensão de todos para as alterações, já em curso, nomeadamente
– Os serviços de Saúde Pública, Unidade de Cuidados na Comunidade e Saúde Ambiental passam a funcionar provisoriamente na antiga sede do ACES Cova da Beira;
– O INEM ficará temporariamente instalado no edifício do Hospital Pêro da Covilhã.
A Unidade Local de Saúde da Cova da Beira recorda que o radão é um gás radioativo natural, incolor e inodoro, que resulta da decomposição do urânio presente em solos e rochas, especialmente em zonas graníticas. Em espaços interiores pouco ventilados, como caves ou pisos térreos, pode acumular-se e atingir concentrações que justificam medidas de prevenção e correção.
A Covilhã, pela sua localização geológica, encontra-se numa região onde o granito é predominante, sendo por isso mais suscetível à presença de radão. Esta realidade não constitui uma situação excecional, mas sim um fator natural da região, já identificado em diferentes áreas do país com características semelhantes, acentuam os responsáveis.
A ULSCB sublinha ainda que existem soluções eficazes para minimizar e controlar a presença de radão em espaços interiores. Entre as medidas mais recomendadas encontram-se a ventilação regular de caves, garagens ou pisos inferiores e a vedação adequada de fissuras em pavimentos e paredes.
O conselho de administração daquela ULS reafirma “que todas as decisões tomadas têm como prioridade a segurança de utentes e profissionais. A situação está a ser acompanhada de forma rigorosa e serão prestadas atualizações sempre que se justifique”, conclui.