São 480 milhões de euros de investimento que têm como objetivo criar nichos de especialidade e reconfigurar a rede de oferta formativa no país.
Segundo João Costa, a medida foi desenhada no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), a partir da identificação de áreas estratégicas “a área da indústria, das energias renováveis e toda a área tecnológica, digital, etc., são áreas estratégicas para o desenvolvimento do país.”
A ideia, segundo o governante, não é fazer mais do mesmo, mas antes associar a estes centros tecnológicos uma transformação pedagógica, “ou seja, novas formas de ensinar, de trabalhar e uma dimensão fundamental, a qualidade das parcerias.”
A rede de Centros Tecnológicos pretende também criar nichos de especialidade no ensino profissional “não é andarmos todos a fazer a mesma coisa, mas criar escolas de referência.” Acrescenta o Ministro da Educação, sobre a importância dos Centros que vão ainda permitir uma “reconfiguração da rede de oferta formativa para que tenhamos os melhores centros ao serviço do melhor desenvolvimento e da melhor formação dos alunos.”
João Costa, falava no encerramento da Conferência sobre o Papel do Ensino Profissional no Desenvolvimento do território e do país, que decorreu na tarde de ontem, na Escola Profissional do Fundão.
A EPF é uma das escolas que viu aprovada a candidatura à criação de um Centro Tecnológico Especializado na área da Indústria. Um investimento superior a 1,5 milhões de euros que, além de pequenas obras de adaptação do espaço, vai permitir dotar a escola de equipamento de ponta ao nível do mobiliário e informática, “irão desaparecer vídeo projetores das salas, vai ficar tudo com quadros interativos”, e irão ser criados “sistemas de automação, como cabines de soldadura virtuais”, exemplifica Luís Oliveira, diretor da EPF.
A candidatura vai ainda permitir a colocação de 180 painéis fotovoltaicos que irão dotar a escola de maior autonomia energética.
A nível pedagógico, “iremos melhorar os conhecimentos dos jovens que daqui saem, irá facilitar todo um processo de aprendizagem, julgamos que irá motivar a vinda dos alunos para o ensino profissional porque irão ter uma prática acrescida inovadora e atualizada”.
A formalização da candidatura foi feita na passada semana e o projeto terá de estar concluído até final de 2024.
Recorde-se que, para além da EPF, também o Agrupamento de Escolas do Fundão viu aprovado um Centro Tecnológico Especializado na área da Informática.