A Plataforma de Defesa da Albufeira de Stª Águeda / Marateca vem felicitar a decisão do IFAP – Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas de cancelar o regadio a sul da Gardunha – Bloco da Marateca. Exige, no entanto, a revisão do ordenamento da albufeira e uma avaliação e dragagem da mesma.
Em comunicado, a plataforma afirma que o cancelamento do Bloco da Marateca, que abrange os concelhos de Castelo Branco e Fundão numa área de dois mil hectares, “é uma boa notícia”, realçando os impactos ambientais negativos e a redução da capacidade útil da albufeira.
Ainda assim, aquele organismo diz que “vai exigir às autoridades” que se avalie o assoreamento daquela albufeira, que de acordo com um estudo feito pela plataforma deverá ter um assoreamento atual de 45%, reduzindo o volume de água disponível para consumo.
A plataforma exige ainda uma dragagem, “de forma a recuperar a capacidade de armazenamento e a qualidade da água, que se encontra eutrofizada devido a contaminação por fosforo, de águas residuais, lixiviados da agricultura, gado e más práticas agrícolas”, aponta aquela entidade.
Mas mais que isso, os defensores da albufeira de Stª Águeda / Marateca exigem também a revisão do plano de ordenamento daquela albufeira que, de acordo com a plataforma, “devia ter sido revisto em 2015, conforme mencionado no seu artigo 39”.
O plano “deve ser revisto com urgência e alargado, uma vez que a faixa de proteção é diminuta”. Deverá por isso ser “elaborado um plano integral que considere toda a bacia que drena para a albufeira e concretizar efetiva fiscalização, eliminando as ilegalidades” que têm sido denunciadas pela Plataforma, afirmam os responsáveis.
O organismo refere ainda que irá continuar a acompanhar a situação da albufeira e a “pressionar as autoridades para que, caso seja construída a barragem do Barbaído, apenas seja permitido regadio a jusante da Albufeira”.