Encontrar uma solução local para o problema do bagaço da azeitona foi o objetivo da Converge Cova da Beira com a promoção da iniciativa “Do desafio à solução” realizado, no último sábado, na Cooperativa de Olivicultores do Fundão.
Por campanha, só a Cooperativa de Olivicultores do Fundão produz entre 2.000 a 3.000 metros cúbicos de bagaço de azeitona, que é encaminhado para fora da região ou para Espanha. “É uma quantidade muito grande que surge numa altura muito especifica do ano e não há, neste momento, uma forma de aproveitamento ou transformação deste bagaço localmente”.
Segundo Filipa Costa, coordenador geral da Cova da Beira Converge, há várias soluções para o aproveitamento deste subproduto da azeitona, “tanto ao nível da combustão, pode ser utilizado como fertilizante, na área da cosmética, também há que faça pellets, há várias soluções, mas que nós aqui, localmente, ainda não temos.”
Para promover o debate e encontrar soluções locais para o bagaço da azeitona, a Converge Cova da Beira convidou um grupo de cerca de 20 pessoas para participar no encontro da tarde de sábado que teve como anfitrião a Cooperativa de Olivicultores do Fundão.
“Ou são proprietários de lagares que vivem também eles o mesmo desafio da Cooperativa ou são investidores e veem que aqui pode haver uma oportunidade de negócio, nós estamos a lançar um grupo de trabalho para ver o que se pode fazer com o bagaço que é gerado na nossa região da Cova da Beira.”
A iniciativa consistiu numa visita guiada ao lagar de azeite da Cooperativa de Olivicultores do Fundão, seguida de uma conversa sobre o tema. Foi a primeira semente lançada localmente para se encontrar uma solução para o bagaço de azeitona que se produz na região.