Os serviços de assistência médico social vão encerrar, no final deste mês, a clínica médica que está a funcionar na Covilhã. A decisão é justificada numa missiva enviada aos sócios pelo conselho executivo devido a “dificuldades insanáveis” no processo de licenciamento daquela estrutura que estava a decorrer junto da entidade reguladora da saúde.
Na carta, a que a RCB, teve acesso o conselho executivo refere que “a necessidade de existência de um director clínico em presença física durante o funcionamento da clínica, igual exigência ao nível da enfermagem” assim como “a obrigatoriedade de realizar complexas obras de remodelação, cujo custo seria muito elevado” são as principais dificuldades no processo de licenciamento por parte da entidade reguladora da saúde e que estiveram na base da decisão de encerrar a valência no final de Janeiro.
O conselho executivo do SAMS acrescenta que “actualmente a clínica da Covilhã apenas dispõe de um médico de clínica geral com uma carga horária de apenas três horas”; no primeiro semestre do ano passado apenas foram realizadas 106 consultas “uma média de cinco por semana”; os tratamentos de enfermagem “são assegurados por uma colaboradora a tempo parcial e em horário irregular”, sublinhando ainda que a Covilhã “é servida por uma rede de prestadores de cuidados de saúde privada e convencionada de boia qualidade, maior abrangência e de fácil acesso”.
Em face desta situação, o conselho executivo do SAMS considera que “a atitude de gestão mais razoável e sem grande impacto para os beneficiários é não levar a cabo as medidas importas pela ERS e proceder ao encerramento da clínica” no final deste mês.