O grupo de sócios do Sporting da Covilhã que procedeu no último domingo à entrega do boletim “Rugir Serrano” à porta do estádio José Santos Pinto manifesta, em comunicado, a sua estupefacção com as declarações proferidas a esse propósito pelo presidente da direcção.
De acordo com o grupo de sócios, José Mendes “não abordou o conteúdo do documento” e “não esclareceu os aspectos que levaram ao recuo da direcção em relação às deliberações da assembleia geral de Dezembro” e preferiu partir “para uma série de acusações e ameaças a um acto livre e democrático, o que naturalmente é repudiado”.
O grupo de associados sublinha que no exercício pleno dos seus direitos reitera “a necessidade de garantir a união no clube e de promover um debate sereno, externo à equipa profissional de futebol, não criando falsas clivagens que tem como objectivo desviar a discussão da intenção da direcção de vender o clube” e questiona se o elenco directivo vai ou não “abandonar a intenção de vender 80% do capital de uma futura SAD, não se sabendo a quem, por quanto e com que projecto desportivo”.
Em resposta à questão levantada por José Mendes sobre “querem incentivar os sócios a fazer o quê?”, o grupo afirma que a leitura atenta do boletim “responde a essa questão” sublinhando que pretende “incentivar os sócios a participar na vida do clube, a manter a equipa profissional de futebol na alçada do SCC e evitar a venda do maior património do Sporting Clube da Covilhã”.
O grupo de sócios acrescenta ainda que quer garantir que “que o Sporting da Covilhã continue a ser um clube e desporto e não um negócio! O «Covilhã» é uma marca identitária centenária da cidade e da região e essa identidade e património só se mantêm se ligados às suas raízes, que são os seus sócios”.
Os associados responsáveis pela distribuição deste boletim afirmam que vão continuar a apoiar o clube e apelam “a quem tem responsabilidades acrescidas na instituição que adopte uma conduta e prática de elevação e de acordo com os pergaminhos do centenário Sporting Clube da Covilhã”.