Na reunião com os jornalistas, Jorge Gomes, sublinhou que a ordem de trabalhos (enviada pela direção do clube liderada por José Mendes, tal como havia prometido na passada semana em comunicado), haverá cinco pontos, sendo o primeiro a apresentação do projeto de transformação da SDUQ em SAD. No ponto dois vai ser lido o parecer do Conselho Fiscal e Disciplinar solicitado pela Direção, enquanto no número três, os sócios terão a oportunidade de votar a transformação da SDUQ em SAD. No que diz respeito ao quatro ponto, caso seja aprovado o anterior, autoriza a direção do clube a participar no aumento de capital social do Sporting Clube da Covilhã Futebol SDUQ, que passará para 250 mil euros, com a finalidade da sua transformação em SAD. Por último, no ponto 5, será votada a autorização da direção a vender até 80% do capital social da SAD.
Divulgada a convocatória, o responsável máximo do clube serrano, frisa que “face à votação ponto por ponto e à garantia, dada por José Mendes, presidente da direção do clube, em carta envida à Mesa Assembleia Geral, dia 22 de fevereiro, de que não vai realizar qualquer ato com base na votação de dia 29 de dezembro de 2022, aceitou a realização desta reunião”. Jorge Gomes acrescentou que “apesar de, antes da entrada da providência cautelar para travar as deliberações de 29 de dezembro, ter sido aprovada em assembleia geral da SDUQ a sua passagem a SAD, a 30 de dezembro, por respeito ao Tribunal, entendeu a direção do clube bem como a gerência da SDUQ não executar a deliberação”, refere a carta envida pela direção do SCC à assembleia geral, citou o presidente da MAG.
Para Jorge Gomes “há a garantia, independentemente do que resultar da providência cautelar, que nenhum ato será validado com base na Assembleia Geral de 29 de dezembro, o que tranquiliza e dá tempo para realizar de forma bem pensada a nova assembleia geral, até porque, foi tudo isto que a mesa da assembleia geral pediu à direção. Trata-se de uma renovação das deliberações tomadas a 29 de dezembro, o que é muito positivo, o facto de serem votadas ponto por ponto”, disse.
Jorge Gomes frisa também que colocou três condições à direção para realizar a assembleia geral proposta pela direção, nomeadamente, “a anulação de qualquer ato que tivesse sido feito pela assembleia anterior, dar de novo voz aos sócios para se pronunciarem sobre a constituição, ou não, da SAD e um ponto importante que vai em separado, que é a autorização para se vender até 80% da SAD. Eram pontos fundamentais para aceitar a efetivação da assembleia geral, o que se verifica”, sublinhou. Assim, na reunião magna dos associados os pontos principais vão ter voto secreto, e onde só poderão participar na mesma, os sócios com as quotas do mês de março em dia.
Aos jornalistas, o presidente da mesa da AG do SCC, frisou mais uma vez que “desde o primeiro momento mostrou intenção de ouvir os associados, e, não anui à marcação da assembleia pedida pelo grupo de signatários (106), uma vez que, legalmente, não reunia os critérios, sócios com menos de seis meses de filiação e outros sem terem as quotas em dia, na altura do pedido de realização da AG extraordinária, e por isso não quis deixar pontas soltas, para não dar abertura a novas providências cautelares e impugnações”.
Jorge Gomes sublinhou que, “tal como garanti aos signatários do pedido de assembleia geral, caso não houvesse consensos, seria o próprio a marcar a assembleia e por isso não compreendo a pressão que foi exercida à Mesa, com tentativas de colagem à direção. Somos o garante do bom trabalho da direção, mas somos o defensor de todos os sócios, queremos dar a palavra aos sócios, tendo a certeza de que 50% mais um são maioria e é essa maioria que temos que respeitar”, e ainda que “penso que com esta ordem de trabalhos, vamos ao encontro do que os associados pediram, e estou convencido que os problemas estarão ultrapassados. Agora há mais tempo para reflexão sobre a matéria, há tempo para preparar devidamente a assembleia, incluindo com votação secreta, o que não se verificou a 29 de dezembro, pois é hora de apaziguar os sócios e unirmo-nos em torno de um projeto”, concluiu Jorge Gomes.
Também presente na conferência de imprensa, realizada numa unidade hoteleira da cidade, esteve José António Pinho. O vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral, referiu que “o importante é decidir o que é melhor para o clube. Não se trata de estar uns contra os outros, mas sim todos unidos em torno de um bem maior que é o Sporting Clube da Covilhã”. Disse.
Espera-se assim uma assembleia geral extraordinária muito participada, estando por isso, Jorge Gomes a estudar o melhor local para a sua realização, apontando para um espaço com capacidade para cerca de 400/600 pessoas. Dentro de dias, será conhecido o local e o dia da realização da reunião magna, que, até poderá acontecer, um sábado à tarde.