A ação consistiu na distribuição de panfletos junto ao mercado, onde, entre outras informações, constam os guias que a Comissão Igualdade Mulheres e Homens da CGTP-IN foi criando ao longo dos 10 anos em que celebra esta semana.
“O guia da maternidade e da paternidade, do horário flexível, que temos tido muitos trabalhadores a pedir o horário flexível, para conseguirem acompanhar os seus filhos, menores de idade, até aos 12 anos, o guia do assédio moral, que são ainda as mulheres a sofrerem de maior assédio moral, embora haja muitos homens a sofrerem de assédio moral, e o guia das doenças profissionais, que é um flagelo.”
Gabriela Gonçalves da Comissão de Igualdade entre Mulheres e Homens, na conferência de imprensa que antecedeu a distribuição de panfletos, enumerou as principais reivindicações que classificou de justas, necessárias e importantes.
“A reposição e a melhoria do poder de compra dos salários, salário igual, trabalho igual ou de valor igual, direito à negociação e contratação coletiva, com a revogação da norma da caducidade e a reintrodução do princípio do tratamento mais favorável, 35 horas semanais para todos, respeito pelo horário flexível, exercício dos direitos de maternidade e paternidade, muitos trabalhadores perdem o direito ao suposto prémio por exercerem este direito consagrado.”
Apesar de não ter dados do distrito, Castelo Branco não é alheio à realidade do país, que no último trimestre do ano passado, mostrava, assim, os números do desemprego, no feminino.
“As mulheres são mais de metade dos desempregados, 53% do total. Ao mesmo tempo, apenas 35% do número real de trabalhadoras desempregadas tinham uma prestação social, e temos 40% de trabalhadoras desempregadas que vivem em situação de pobreza, mesmo após as prestações sociais, porque recebem menos de 500 euros mensais.”
A Semana da Igualde continua, com destaque para a próxima quarta-feira, Dia Internacional da Mulher, com uma ação no mercado municipal da Covilhã, onde será apresentado o “Mural da Desigualdade.”