Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) de “mira” apontada ao Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde da Cova da Beira.
Em conferência de imprensa, esta sexta-feira, frente ao Hospital Pêro da Covilhã, a coordenadora do SEP distrital, afirmou que a “enfermagem está doente e essa doença agudiza-se, fruto de conselhos de administração como a da ULS Cova da Beira”.
Em causa estão algumas situações que o SEP considera ser “total violação da lei”, e que já afetam “perto de 200” enfermeiros no hospital da Covilhã.
Recentemente a ULS Cova da Beira foi obrigada pelo Tribunal a contabilizar pontos aos enfermeiros com contrato de trabalho em funções públicas (CTFP), para trás do reposicionamento que ocorreu em 2011, 2012 e 2013.
O SEP diz que era esperado que essa decisão fosse alargada a “todos os enfermeiros”, independentemente do vínculo. Mas tal não aconteceu, nem com todos os enfermeiros CTFP.
A não contabilização de pontos no biénio 2017/2018, em que apenas um ano foi tido em conta; a situação das horas acumuladas, “que advém de turnos para além daquilo que os enfermeiros estão obrigados a fazer”, e que “não são pagos”; a questão da “retirada da redução de horário de trabalho”, ou do “gozo de férias”, que acontece de forma discriminatória em vários locais, foram algumas das denúncias do SEP na manhã desta sexta-feira.
Assuntos que, para o Sindicato dos Enfermeiros, poderiam ser resolvidos se houvesse boa vontade da parte do conselho de administração da ULS.
“Todos estes problemas eram resolúveis e o conselho não os resolve. Nomeadamente, com o aprofundamento da questão do não pagamento dos retroativos a enfermeiros que tem todo o direito a eles. A administração alega que a lei não permite, não é verdade. O conselho tem toda a autonomia para promover essa decisão. Só não a tem porque não quer”, apontou aos jornalistas, Conceição Rodrigues.
A representante do sindicato afirma ainda que esta administração tem tomado “decisões inaceitáveis que agudizam” os problemas transversais do setor.
O SEP reafirma ainda a necessidade da abertura de um concurso para admitir mais enfermeiros na ULS, “para além daqueles que já lá estão com contratos precários”.
A RCB contactou a administração da Unidade Local de Saúde, que remete para um comunicado a enviar À nossa redação.