A Direção Regional de Castelo Branco do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) e a sua coordenadora garantem que vão continuar a intervir e a decidir com os enfermeiros todas as formas de luta que “entenderem como apropriadas”.
Depois do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Cova da Beira ter classificado de “inverdades e falta de rigor” as declarações da Coordenadora Distrital de Castelo Branco do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) acerca de vários problemas existentes com os enfermeiros naquela unidade, efetuadas em conferência de imprensa, na passada sexta-feira, em frente ao hospital Pêro da Covilhã, o SEP além de reafirmar as denuncias feitas lembra que esta é já a segunda vez que a atual administração, em gestão, vem a publico tentar desmentir e denegrir o Sindicato dos enfermeiros Portugueses, na pessoa da Coordenadora da Direção Regional de Castelo Branco.
Em comunicado, o sindicato refere que é a mesma administração que o ano passado, “numa inqualificável demonstração de autocracia, expulsou a representante do SEP da instituição, aquando da entrega e divulgação de informação relevante para os enfermeiros” e os mesmos responsáveis que não respondem aos pedidos de reunião “que no âmbito do papel social que o SEP desenvolve, tem como objetivo encontrar as melhores soluções para os problemas dos enfermeiros”.
A Direção Regional de Castelo do SEP reafirma todas as declarações que a sua coordenadora proferiu, nomeadamente “o sistemático recurso a trabalho extraordinário demonstra a carência de enfermeiros; São desconhecidas as propostas da administração para ultrapassar este problema e quais as propostas de aumento do mapa de pessoal, seja para o ano em curso ou para 2025”, aponta.
Quanto à aplicação do decreto lei 80-B/20, o SEP afirma que apesar de por diversas vezes o CA da ULS Cova da Beira ter afirmado que acompanhava a fundamentação da estrutura sindical, que prevê a resolução de injustiças relativas e pagamento dos retroativos desde 2018, continua sem tomar qualquer decisão apesar de terem autonomia para o fazer e à semelhança do que outras ULS já fizeram, “na verdade opta pelos “serviços mínimos” já que tendo o Tribunal dado razão a um grupo de enfermeiros, seria de esperar que alargasse essa decisão a todos os que estão na mesma situação, mas não o fez”, frisa.
Relativamente à compensação pelo trabalho penoso nos serviços de Oncologia e Psiquiatria, “é a própria administração que decide fazer a discriminação tendo em conta o vínculo ao invés de aplicar a lei de forma harmoniosa por todos os enfermeiros”, conclui.
O SEP promete continuar a estar atento e a denunciar publicamente todos os problemas, e o comportamento da administração de ULS Cova da Beira.