Recorde-se que o actual presidente da direção (eleito no passado mês de maio), anunciou no último sábado, demitir-se do cargo, após a vitória por 2-1, nas Caldas da Rainha. A decisão surge na sequência do castigo de um jogo à porta fechada, na Liga 3, aplicado ao clube por utilização irregular de um jogador na Taça de Portugal (Lucas Duarte N/R).
“Espero que as pessoas que falam desta direção venham e façam melhor. Estou farto de ser enxovalhado pelas pessoas da Covilhã”, disse à RCB, sem direito a perguntas, acrescentando que ” assumimos a responsabilidade sem reservas, no entanto declaramos que foi um acto involuntário e assumo também , toda e total responsabilidade, pelo que se passou. Tudo aconteceu no jogo frente ao Moncarapachense a contar para a Taça de Portugal. Nós não vimos nada no mapa de castigos, o jogador não foi expulso, o árbitro não escreveu nada no relatório e por tudo isto, vou pedir a minha demissão na próxima segunda-feira (hoje), ao presidente da assembleia geral”. Disse, Marco Pêba.
Bem dito, bem feito, o líder dos serranos apresentou a sua demissão esta manhã, através de email, apurou a RCB.
Francisco Moreira (pr. MAG), em conversa com a RCB, esta segunda-feira, confirmou a recepção do email, e avançou que vai reunir com o órgão, a que preside, esta terça-feira e posteriormente com a direção, para tomar uma decisão definitiva e divulga-la até ao final do dia.
Lembramos que, na actual direção, já saiu o secretário-geral , Fausto Batista enquanto, Pedro Saraiva, um dos vice-presidentes (área financeira), pediu suspensão de mandato por seis meses, por motivos familiares.
Nesse encontro da 3ª eliminatória da TP (20 de outubro 2024), o Sp. Covilhã venceu por 3-2, com o último golo a ser apontado por Lucas Duarte aos 90’+8 e mostrou uma frase escrita numa t-shirt, debaixo da camisola do clube.
Mesmo, não tendo sido expulso, o árbitro fez menção dessa situação no relatório, e o jogador brasileiro foi castigado com um jogo + 102 euros de multa.
A suspensão vem descrita, nos castigos aplicados pelo Conselho de Disciplina da FPF Secção Não-Profissional, de 25 de outubro de 2024.
Como os leões da serra perderam a partida frente ao Rebordosa, por 3-2, o castigo aplicado, será de um jogo à porta fechada (poderá ser o próximo, 08 de dezembro, com o 1º de Dezembro, às 15h, mas ainda não há certezas) e multa de 765 euros.
À margem da vitória (justa) dos Sp. Covilhã, nas Caldas da Rainha (Liga 3 – jornada 12), a RCB também ouviu o treinador do clube relativamente ao assunto.
Francisco Chaló refere que ” isso acontece, são coisas que acontecem muitas vezes. São coisas com o qual, nós temos que lutar, pois muitas vezes, nós jogamos sem público, contra o público e com público. Isto é uma realidade, é futebol. Mas o mais importante de tudo é percebermos que a dimensão das coisas, onde as dificuldades foram feitas, não, para criar problemas, mas sim, para arranjar soluções. É muito fácil apontar o dedo, é muito fácil criticar, quando nada se faz. O importante aqui, é compreender, ajudar, e aqui, o Covilhã vai saber, quais são os verdadeiros amigos que vão estar agora, nesta altura com o clube. Se fiquei surpreendido? São situações que acontecem, nem imaginava que havia dizeres na camisola, nem vi nada e volto a dizer. Todos nós precisamos de todos. Agora é que vamos ver quem gosta do Covilhã e quem não gosta do clube. São coisas que acontecem”. Conclui o técnico serrano.
No que concerne ao futebol, depois da vitória por 2-1, no Campo da Mata, o melhor em campo, o capitão do SCC, Diogo Ramalho (marcou um golaço aos 88′ – deu os três pontos), ofereceu o prémio da Liga 3 (FPF) ao responsável dos equipamentos, Pedro Almeida.
Entretanto, também no passado sábado, Marco Pêba e Joel Vital, representaram o clube, no almoço do centenário da Casa da Covilhã em Lisboa, onde entregaram uma camisola dos 100 anos do Sp. Covilhã.
Nesse convívio marcaram ainda presença, Vitor Pereira (edil covilhanense), Hélio Fazendeiro (Chefe de Gabinete do presidente do Município da Covilhã), Nuno Fazenda (covilhanense e deputado pelo PS no Parlamento) e Carlos Martins (presidente da UF Covilhã e Canhoso), entre outros convidados e covilhanenses residentes em Lisboa.
Manuel Vaz é o actual presidente da Casa da Covilhã, na capital portuguesa.